Sunday, November 7, 2010

Vitoria Republicana nos EUA e a UNESCO - 7/11/2010

A perda colossal do presidente Obama nas eleições desta semana não conseguiu provocar o resultado que muitos americanos queriam: ver alguma humildade no seu líder e reconhecer que o seu, não é o caminho que o povo americano quer seguir. Obama perdeu governadores em estados-chaves, perdeu a maioria na Câmara e manteve uma maioria de apenas 2 representantes no senado. 4 se contarmos com os 2 independentes.

As reformas radicais que Obama quis impor ao povo americano como da assistência médica, o aumento de impostos, as constantes distribuições de dinheiro para tirar grandes empresas do buraco e sua inabilidade de reduzir o desemprego, foram as maiores causas da desaprovação deste governo. Estas razões teriam sido suficientes mas a quantidade de candidatos da direita do partido republicano eleitos nesta eleição nos diz que o motivo maior para a derrota de Obama foi sua falta de respeito aos valores que os americanos têm como sagrados.

Entre eles a postura do presidente americano nas relações internacionais. Pesquisas de opinião nos últimos meses mostraram que 51% dos americanos estariam mais inclinados a votar em alguém pró-Israel contra apenas 25% que disseram que votariam em alguém que fosse contra o estado judeu. 52% disseram que sentiam que Obama era menos simpático a Israel que outros presidentes.

Obama e seu ex-chefe da Casa Civil Rahm Emanuel admitiram terem feito muitos erros em sua tentativa de conseguir um acordo de paz entre israelenses e palestinos. Aí então Obama decidiu estender a mão e recebeu Netanyahu na Casa Branca com a atenção devida a um chefe de estado. Mas isto durou pouco. Já no mês passado, Obama exigiu que Israel estendesse o congelamento das construções judaicas na Judéia e Samária em seu discurso na Assembléia Geral das Nações Unidas tornando impossível aos palestinos exigirem qualquer coisa a menos. Isto teria exigido de Netanyahu trair a confiança do eleitorado que o elegeu.

Não fosse a pressão americana para a estensão da moratória na Judéia e Samária, as negociações com os palestinos teriam recomeçado há muito e não teriam sido suspensas por esta causa.

Em casa, Obama está, daqui para a frente, com as mãos amarradas mas ele pode tentar salvar sua presidência e talvez sua reeleição se deixar sua ideologia de lado e adotar medidas mais pragmáticas, especialmente no que se refere às negociações entre israelenses e palestinos.

É vital, por exemplo, que ele deixe claro que os Estados Unidos não irão apoiar a declaração unilateral de um estado que não aceita viver lado a lado com o estado de Israel ou abrir mão de absolutamente nada, inclusive do terrorismo para chegar a um acordo de paz que seja viável.

O ministro da defesa de Israel Ehud Barak disse numa entrevista recente que governos israelenses anteriores fizeram concessões quando tinham uma de 3 coisas: um parceiro árabe que confiavam, (como quando se retiraram da península do Sinai com Sadat) um mediador americano em que podiam acreditar, como Bill Clinton, ou quando havia um desejo da liderança israelense de abandonar território unilateralmente como quando Sharon evacuou Gaza. Hoje não há nenhuma destas três coisas.

Mas se Obama cumprir a promessa de não permitir que o Irã desenvolva a bomba atômica, ele poderá talvez garantir sua reeleição. Mas isto só pode ser alcançado se ele tiver a coragem de acompanhar as sanções internacionais em curso com uma ameaça militar crível. A única vez que os iranianos suspenderam seu programa nuclear foi quando os americanos invadiram o Iraque e o Irã se sentiu ameaçado.

O ex-chefe do estado maior de Israel, Moshe Ya’alon disse esta semana que Obama pode culpar Bush pelos problemas no Afganistão e Iraque mas se o Irã conseguir a bomba durante seu mandato, este será o fato que marcará sua presidência. Se Obama conseguir impedir a nuclearização do Irã, isto irá dramaticamente reduzir o poder dos extremistas, irá liberar os moderados e fortalecer substancialmente as esperanças de paz. Poderá no caminho, assegurar sua reeleição.

Mas como disse, isto só poderá acontecer se Obama deixar sua ideologia de lado, o que não parece ser o caso. Obama se elegeu numa onda mundial em que a esquerda festiva, os barbudos de chinelo, ativistas às vezes violentos, que hoje usam terno e carregam uma pastinha em baixo do braço, tomaram o poder.

Estes esquerdistas vêm qualquer país comprometido com a democracia e aliado com o ocidente como Israel, como o inimigo.

Mas esta onda não pegou só os Estados Unidos, Venezuela ou o Brasil. Ela vem rolando na Europa há tempos. Há um constante esforço de vários membros da comunidade européia para deslegitimizar Israel. Depois do comissário da União Européia para assuntos comerciais, Karel De Gucht acusar judeus de serem irracionais quando se trata de Israel, um novo ataque aos próprios valores judaicos foi feito esta semana pelos diretores de uma organização que deveria colocar a política absolutamente em último lugar.

A diretoria executiva da UNESCO, organização das Nações Unidas que tem como finalidade a expansão da educação e preservação de locais históricos, emitiu uma declaração que estaria melhor colocada nos anais da propaganda palestina anti-semita. Entre outras coisas, a UNESCO acusa Israel de excavar a Mesquita de Al-Aksa e impedir crianças árabes de irem para a escola. Há certas fábulas que esperamos encontrar na mídia em Ramallah e não em documentos oficiais de uma organização tão reverenciada como a UNESCO.

Mas talvez a pior de todas as resoluções incluidas nesta declaração teve a ver com dois dos locais mais sagrados para os judeus em Israel. Dando um tapa na cara da história e da lógica, a UNESCO declarou que os locais aonde estão enterrados nossos ancestrais, a Caverna dos Patriarcas em Hevron e o Túmulo de Raquel em Belém, são palestinos. É, vocês ouviram bem.

Assim, de acordo com a UNESCO, os túmulos dos patriarcas Abraão, Isaac e Jacó, e das matriarcas Sarah, Rebecca, Leah e Raquel, não são locais judaicos mas palestinos. E estes luminários da história não param por aí.

De acordo com sua diretoria e diretora geral Irina Bokova, uma comunista e socialista Búlgara, eles irão lutar para que estes dois locais se tornem parte permanente dos territórios palestinos ocupados. Isto é tão ofensivo e insultante à crença judaica que não pode ser caracterizado como outra coisa a não ser anti-semitismo. Negar que seus próprios ancestrais façam parte do povo judeu é um ataque às próprias fundações do povo e a UNESCO deveria ser duramente condenada.

Além disso, os ilustres membros desta organização que deveria promover educação, mostraram uma ignorância histórica digna de analfabetos. Então vamos dar à eles uma pequena lição de história:

A Bíblia, no seu primeiro livro do Genesis, diz que Raquel morreu e foi enterrada no caminho de Efrata, que é Belém. E Jacó pôs um pilar em seu túmulo. Este pilar está lá até hoje. Há dois mil anos, quando o Talmud foi escrito, o túmulo de Raquel foi descrito no midrash Bereshit Rabba. Isto deveria ser suficiente para mostrar a conecção do povo judeu ao túmulo de Raquel séculos antes do advento do islamismo. Mas há outros.

No ano de 333 da nossa era, um cristão conhecido apenas como o peregrino de Bordeaux registrou sua visita ao túmulo de Raquel na estrada de Belém. Jerônimo, um santo da igreja, também menciona o túmulo em 386 assim como o bispo Eusébio, historiador do século IV. Absolutamente nenhuma fonte antiga chama este local de Mesquita de Bilal Ibn Rabah como os palestinos e agora a UNESCO querem chamá-lo.

Tomem, por exemplo, o Monge Epiphanius que escreveu em 692 que no sul da Cidade Santa, na beira da estrada está o túmulo de Raquel. Mesmo viajantes muçulmanos do século 12 usaram esta terminologia. Muhammad al-Idrise, o grande geógrafo e cartógrafo muçulmano escreveu: na estrada entre Belém e Jerusalém está o túmulo de Raquel, a mãe de José e Benjamim. Não é preciso dizer que nem ele, nem qualquer outra pessoa antes dele jamais descreveu o local como palestino ou como uma mesquita.

Além disso, o túmulo de Raquel foi dado exclusivamente aos judeus pelo Pachá de Jerusalém em 1615. Em 1841, Moses Montefiore o comprou das autoridades turcas. O túmulo de Raquel é um lugar conhecido de peregrinação de judeus e não representa absolutamente nada para outras religiões.

Mas em 2000, em meio à segunda intifada, os palestinos redescobriram a importância do túmulo de Raquel. De repente eles noticiaram que nunca havia havido um túmulo no local que na verdade era uma mesquita.

Quer sejamos contra ou a favor dos assentamentos judaicos na Judéia e Samaria, é inegável que a área referida como a Cisjordânia pela mídia internacional, inclui Hevron e Belém, que são os berços da história do povo judeu. Nenhum revisionismo histórico ou declarações da UNESCO poderão apagar este fato.

Há realmente muita cara de pau, nesta era pós-modernista de deconstrução e revisão. Valores religiosos e costumes sagradamente guardados por séculos são reduzidos à falsa conciência. Nações etnicamente únicas com orgulho de suas tradições se tornam comunidades imaginárias.

Assim, UNESCO, nossa mensagem para sua diretoria é a seguinte: Tire suas mãos de nossa mãe Raquel e de nossos pais, Abrãao, Isaac, Jacó, Sarah, Rebecca e Leah. Eles pertencem ao povo judeu, quer vocês gostem ou não.

Quem quiser deixar seu protesto, escreva para a UNESCO em Brasilia no email:
brasilia@unesco.org





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