Saturday, December 4, 2010

O Revisionismo Palestino - 5/12/2010

O recente relatório da Autoridade Palestina dizendo que o Muro das Lamentações não tem qualquer significado religioso ou histórico com o povo judeu é tristemente mais uma tentativa de revisionismo histórico e político. Em circumstâncias normais, poderiamos ignorar esta declaração como uma tentativa infantil de apagar a história e o nacionalismo de um outro povo. Infelizmente, como revelam as recentes ações da UNESCO sobre locais judaicos na Judéia e Samária, a narrativa rejeicionista dos palestinos está permeando a agenda internacional e é automaticamente apoiada pela maioria nos fóruns internacionais.


O recente “estudo” preparado por Al-Mutawakel Taha, um oficial sênior do Ministério da Informação da Autoridade Palestina, tentando refutar o direito dos judeus ao Muro das Lamentações é meramente o último, numa série de esforços que remontam a mais de 100 anos, para negar a ligação do povo judeu com sua terra ancestral.

No entanto, igual a todas as mentiras e distorções dos palestinos, esta também foi tirada do ar. O Ministério da Informação palestino diz em seu site na internet que “de acordo com a Enciclopédia Judaica, publicada em 1917, o Muro das Lamentações se tornou parte da tradição religiosa judaica em torno de 1520 CE, como resultado da imigração judaica da Espanha, depois da conquista otomana de 1517”.

Na era da internet, é muito fácil checar estas afirmações absurdas e expor a fraude ao que ela é. De fato, a referência na Enciclopédia Judaíca de 1917 fornece referências históricas ao Muro das Lamentações da antiguidade e certamente anterior a qualquer invasão árabe, conquista e ocupação do Oriente Médio.

A ação recente da UNESCO dizendo que o Túmulo de Raquel, perto de Belém é a mesquita Bilal ibn Rabah é um escândalo ainda maior. De modo bizarro, esta afirmação não só é um tapa na cara da tradição judaica, mas também de séculos de tradição muçulmana. Através da história, muçulmanos honraram o local como o Túmulo de Raquel e o visitavam regularmente para rezar.

De acordo com documentos otomanos que se encontram no Centro para Assuntos Públicos de Jerusalém, em 1830, os Turcos publicaram um firman (decreto real) que dava força legal para que o Túmulo de Raquel fosse reconhecido como um local sagrado dos judeus. O governador de Damasco enviou uma ordem escrita ao mufti de Jerusalem para implementar a ordem do sultão: “O túmulo de nossa estimada Raquel, mãe de nosso Senhor Joseph... eles [os judeus] têm o costume de visitar desde os tempos antigos; e ninguém tem a permissão de impedir ou opôr-se a eles de [fazerem] isto”.

Esta negação histórica tem ramificações políticas. Em 2000, as negociações entre o ex-primeiro ministro Ehud Barak e Yasser Arafat em Camp David, na presença do ex-presidente americano Bill Clinton, foram suspensas por causa deste revisionismo histórico. Depois de Barak ter feito uma oferta extra generosa sobre dividir a soberania do Monte do Templo, Arafat disse que não poderia conceder uma polegada de “território islâmico” porque o Templo judaico nunca havia existido. Esta negação do Templo, não havia sido somente uma distorção da história e tradição judaica mas também da cristã. Arafat estava atacando a crença de mais de um bilhão de cristãos no mundo.

E enquanto nos aproximamos do Natal, uma outra forma de revisionismo histórico está emergindo.

O mito de que Jesus foi um palestino é repetido para qualquer um que chega para fazer peregrinação em Belém ou outros locais cristãos sob autoridade palestina.

Mas, de novo, os fatos não batem. A província judaica da Judéia foi destruída pelo imperador romano Adriano em 135 C.E. quando os romanos debelaram a revolta judaica liderada por Bar Khochba. Para romper a ligação judaica com a Terra de Israel, o imperador romano mudou seu nome para Syria Palaestina, que eventualmente se tornou em inglês Palestina.

De acordo com historiadores cristãos, Jesus foi crucificado entre os anos 26 e 36, mais de 100 anos antes que o termo “Palestina” fosse inventado. O mundo então, não tinha uma só mesquita e o islamismo e a conquista árabe somente ocorreria seis séculos mais tarde.

É talvez compreensível que aqueles que chegaram na região mais tarde, sintam a necessidade de suplantar a história se apropriando e negando o que era dos habitantes prévios. Enquanto os palestinos afirmam ser os residentes originais da terra, a história e os fatos se colocam em seu caminho.

Enquanto a maioria do povo judaico teve que sofrer dois mil anos de exílio de sua terra, as pedras do Templo, os locais aonde foram enterrados os ancestrais, os banhos rituais, cisternas e sinagogas antigas ficaram. Os palestinos irão tentar destruir a memória histórica judaica tão certamente como destruiram seus locais santos e históricos como o túmulo de José em Nablus.

No entanto, 2 mil anos de ocupação estrangeira e tentativas de negação da história judaica não podem impeder o retorno do povo original para sua terra. Como resultado do rejeicionismo e negacionismo na sua mídia e sistema educacional, a Autoridade Palestina se tornou tão descarada que agora está vendendo as mentiras para o mundo. A comunidade internacional precisa rejeitar de forma categórica esta cruzada anti-judaica.

Pesquisas recentes entre palestinos mostraram que quase dois terços aceitariam uma solução de dois estados somente como um primeiro passo para eventualmente suplantar Israel e criar um único estado palestino. Isto uma vez mais mostra que o obstáculo real para a paz é a rejeição palestina de Israel e do direito de auto-determinação do povo judeu.

A Autoridade Palestina faz lavagem cerebral em seu povo para deslegitimizar Israel, falsificando a história judaica, cristã e muçulmana no processo. A comunidade internacional precisa focar neste ponto e completamente rejeitar e condenar a Autoridade Palestina por suas ações. Este rejeicionismo esteve sempre no coração de cada esforço de paz por mais de 70 anos. A ignorância e ódios palestinos, mais do que qualquer coisa, irão destinar a região a muitos mais anos de conflito.

A paz só pode chegar depois da aceitação do outro, não só o baixar das armas. Ela precisa ser confirmada pelo reconhecimento mútuo. O revisionismo palestino de hoje não só destorce a história e nega a ligação do povo judeu com seu lar ancestral; ele nega a possibilidade de uma solução pacífica ao conflito e um futuro melhor para os habitantes da região.

1 comment:

  1. Não consigo imaginar que isso renderá os frutos que esses revisionistas almejam, pois eles mesmos sabem que não tem base para tal. Por exemplo, o mito de que, antes da chegada dos hebreus, os povos cananitas que estavam ali deram origem aos atuais árabes palestinos e israelenses é uma proposta recente (anos 1970). Os próprios árabes sabem que chegaram ali no século VII, junto com os conquistadores muçulmanos, que por sua vez expulsaram os bizantinos.

    Por trás de tudo isso, chaverah, está a vontade de expulsar de Israel o povo judeu, como se não existissem no mundo mais de vinte países para os árabes, e apenas um para os judeus.

    Laila tov, shalom.

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