Sunday, September 23, 2012

Adeus à Liberdade - 23/09/2012


No segundo capítulo da novela da semana passada, o promotor geral do Egito emitiu mandatos de prisão contra oito cidadãos americanos na terça-feira. Seus crimes seriam relacionados com a produção do trailer crítico de Maomé, usado como desculpa para todas as manifestações que vimos ao redor do mundo.

Um desses americanos indiciados é uma mulher que se converteu do islamismo ao cristianismo. De acordo com a Associated Press as acusações seriam: insultar e publicamente atacar o islamismo, espalhar informações falsas e ferir a união nacional do Egito. De acordo com a declaração do promotor-chefe egípcio, se condenados, os oito podem pegar a pena de morte.

Um advogado egípcio entrevistado pela Associated Press disse que isso iria desencorajar qualquer um que queira expressar sua liberdade de expressão sobre o islamismo.

O desejo de intimidar as pessoas livres a se calarem sobre esta religião é um dos objetivos declarados da irmandade muçulmana. Três dias após os ataques à embaixada americana na Líbia, o chefe espiritual do grupo, Yussuf Qaradawi fez um discurso na televisão egípcia. Apesar de usar um tom aparentemente moderado, ele conclamou sua audiência a fazer de tudo para que a América criminalizasse os direitos de expressão ou críticas dos seus cidadãos ao islamismo – assim como fizeram seus camaradas europeus nos últimos anos quando confrontados com intimidação e terrorismo islâmico.

Senhores ouvintes, esta é uma guerra real que está sendo travada pelo mundo. Mas esta é pior do que todas porque o inferno do radicalismo islâmico não está limitado a um país ou região. Depois de expulsar os judeus com a criação do Estado de Israel, cristãos que moram em países muçulmanos não podem ir à Igreja, são humiliados, cargos oficiais e em grandes empresas lhe são proibidos, além de muitos serem convertidos à força.

Um embaixador americano é morto na Líbia no 11 de setembro e a resposta da administração americana é um ataque frontal à um dos pilares da Constituição dos Estados Unidos: a liberdade de expressão. Eu quero repetir o que disse na semana passada: estas manifestações não são sobre este filmeco. O ataque ao embaixador foi um ato intencional por muçulmanos radicais que procuram impor suas crenças ao resto do mundo.

Não foi coincidência que também na semana do 11 de setembro os iranianos tenham aumentado o preço pela cabeça de Salman Rushdie (lembram dele?) por ter escrito os Versos Satânicos criticando o Corão, em 1989. Agora o prêmio para quem matá-lo subiu para $3.3 milhões de dólares.

E ao mesmo tempo em que os muçulmanos exigem respeito à sua religião e profeta, eles o negam às religiões alheias. A destruição dos Budhas em Bamyan em 2001, a regular conversão de igrejas e sinagogas em mesquitas, os discursos semanais chamando os judeus e cristãos de porcos e macacos, atestam à um duplo standard que os muçulmanos querem impor.

Nossa mensagem deve ser que isso não será tolerado!

Mas quero ir um pouco mais longe. Todos estes eventos são consequência direta da política de apaziguamento e desculpas impostas por Obama, este “gênio” de política externa apoiado cegamente pela mídia.

Todas estas manifestações expuseram a falácia desta política e agora a mídia está fazendo de tudo para que Obama não leve a culpa.

Não é preciso voltar muito no tempo. Há quatro anos atrás, Obama decidiu dar sua primeira entrevista depois de eleito presidente dos Estados Unidos, ao canal de televisão Al Arabiya. Durante esta entrevista ele prometeu trazer a paz ao Oriente Médio. Aí ele fez sua primeira viagem ao exterior para o Cairo gelando Mubarak, aliado de longa data, e convidando representantes da Irmandade Muçulmana, na época banida pelo governo por suas atividades violentas.

Se qualquer um se der ao trabalho de ler qual é a missão declarada da Irmandade, entenderá porque ela foi banida por Mubarak. Seu motto é “Allah é nosso objetivo. O profeta é o nosso líder. O Corão é nossa lei. O Jihad é o nosso caminho. Morrer por Allah é nossa maior esperança.” Recentemente, o president eleito do Egito e membro da Irmandade Muçulmana, Mohamed Morsi, declarou que “Jerusalem será nossa capital”.

Um outro fator muito importante para compreender a política de apaziguamento desta administração é o seu relacionamento com uma organização que muitos provavelmente nem ouviram falar. A OIC – Organização de Cooperação Islâmica. Esta organização é a segunda maior do mundo depois da ONU. Eles dizem representar todos os muçulmanos do mundo, mesmo os que vivem em países não muçulmanos como os Estados Unidos. Em 2005 eles publicaram seu plano de ação para os próximos 10 anos para impôr no mundo inteiro um código de expressão baseado na Sharia.

Ouçam o que eles dizem e entenderão bem o que ocorreu na semana passada.

Seu objetivo é criminalizar internacionalmente toda comunicação ou qualquer expressão que na sua opinião seja ofensiva ao islamismo, mesmo em países como os Estados Unidos. Ninguém, não muçulmanos, não não-muçulmanos, não americanos, não brasileiros têm permissão para falar, escrever ou de qualquer modo comunicar algo que na opinião deles é ofensivo à eles ou à sua religião. Eles têm como objetivo forçar o Ocidente livre a dizer adeus à liberdade de expressão, liberdade de religião e este é o aviso que recebemos hoje.

Muitos podem pensar que isso nunca irá acontecer nos Estados Unidos, mas estão errados. O presidente Obama com a ajuda de Hilary Clinton, fizeram aprovar na ONU a Resolução 1618 que exige que países membros aprovem leis contra referências derrogatórias ao islamismo. Pior que isso, há um ano atrás, organizações islâmicas escreveram à Casa Branca pedindo para que todo o material usado por agências federais como o exército, FBI e CIA, fosse “limpo” de toda referência ao islamismo e que o pessoal fosse retreinado dentro de uma filosofia politicamente correta do islamismo.

Quando membros do Congresso americano perguntaram quem estava liderando esta “limpeza” e “retreinamento”, o Governo Obama disse que a informação era secreta e que os senadores e deputados não teriam acesso à ela.

Se isto for verdade, senhores e senhoras, estamos muito atrás neste jogo. Estamos perdendo rapidamente nosso sentido de liberdade e prejudicando nossa capacidade de identificar o inimigo real. Em vez de aceitar a verdade básica e defender o nosso modo livre de vida, Obama justifica o colapso de sua política externa retirando dos americanos seu inalienável direito à livre expressão.

Nesta semana a Assembléia Geral das Nações Unidas entra em Sessão. Mais uma oportunidade para Ahmadinejad jogar seu veneno e Abbas tentar o reconhecimento do Estado Palestino. Obama diz estar com sua agenda cheia. De acordo com a senadora Bachman, ele tem uma entrevista com David Letterman, um encontro com Beyonce e outro com o cantor de Rap Jay-Z. Dá para entender porque ele não tem tempo de se encontrar com Netanyahu.

Obama precisa rearranjar suas prioridades. Há uma grande diferença entre apaziguar alguém que foi ferido por suas ações e apaziguar aqueles que querem sua destruição. Para apaziguar aqueles que odeiam seu modo de vida você precisa mudar seu modo de vida. Se o ocidente quer apaziguar o mundo muçulmano, deve decidir deixar de ser livre. E no século 21, depois de tudo o que alcançamos, acho que não é este o legado que queremos deixar aos nossos filhos.


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