Sunday, November 4, 2012

A Reta Final das Eleições Americanas - 4/11/2012


O que os debates, a situação econômica, o ataque terrorista na Líbia e as mútuas acusações não conseguiram fazer, a mãe natureza conseguiu: suspender as campanhas eleitorais de Obama e Romney por alguns dias. Neste momento, os candidatos decidiram refocar seus esforços para ajudarem as vítimas do furacão Sandy. Romney usou suas aparições para angariar fundos e Obama, não perdeu a oportunidade de aparecer bem, “presidencial”, frente às câmeras de televisão.

Estamos há menos de dois dias das eleições que pode mudar para sempre o destino da América e também o destino de Israel. Uma pesquisa esta semana revelou que 85% dos Americanos que moram em Israel e que já votaram, preferiram Mitt Romney. Obama só recebeu 14% dos votos. Isto mostra que quando se trata da segurança de Israel ou evitar que o Irã adquira uma bomba nuclear estes Americanos não confiam em Obama.

Isto apesar de Obama falar todas as coisas certas sempre que aparece frente à um público judaico ou nos debates, como dizer que protegerá as costas de Israel, e que nunca houve tanta cooperação entre os Estados Unidos e Israel como agora, etc., etc. E mesmo assim, os americanos em Israel ainda querem ver outro presidente na Casa Branca.

E isto está em grande contraste com as pesquisas de preferência entre os judeus que moram nos Estados Unidos que tradicionalmente votam democrata.

Milton Himmelfarb, um sociólogo judeu americano uma vez disse que os judeus americanos vivem como os ricos anglo-saxões mas votam com os latinos empobrecidos. E isso é verdade.

Os judeus americanos são histórica e ideologicamente liberais. Muitos empatizam com as idéias de medicina socializada, energia alternativa para proteger o meio ambiente e uma distribuição de renda mais justa. Mas gostaria de acreditar que o futuro do Estado judeu teria uma igual senão maior importância para a escolha do próximo presidente.

E aí fica difícil entender como se pode reeleger alguém com um histórico tão negativo em relação a Israel. Colocando de lado todo este blá-blá-blá sobre um “aumento em assistência e segurança” e “coordenação em relação ao Irã”, toda e qualquer declaração de Obama nos últimos quatro anos foi emitida propositalmente para  distanciar a Américde Israel.

Nenhum presidente americano jamais humilhou um primeiro ministro de Israel como Obama fez com Netanyahu fazendo-o entrar pelas portas do fundo da Casa Branca para um rápido cafezinho. Nenhum presidente americano chamou de “ruído”, os protestos vindos de Israel sobre o maior problema existencial para o povo judeu desde o Holocausto. Nenhum outro presidente americano declarou que a linha de armistício de 1967 deveria ser a base para a criação de um estado palestino sem qualquer coordenação com Israel. Nenhum outro presidente americano exigiu que o governo de Israel proibisse a construção por judeus em sua capital Jerusalém, em terrenos comprados por eles.

Mas o pior de tudo, é que, num segundo termo, não haverá qualquer rédea para frear ou impedir que Obama faça um acordo com o Irã, reconhecendo sua hegemonia na região do Golfo Pérsico e seu status como potência nuclear – jogando Israel aos cães.

Basta ver o que Obama fez até agora: em Janeiro de 2009 quando foi empossado, o Irã tinha suficiente urânio enriquecido para uma ogiva nuclear. De acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica, o Irã hoje tem o suficiente para cinco ogivas. Isto não é um sucesso do governo Obama. Para Israel, esta é a única medida que conta.

Talvez, como Obama, os judeus americanos não acreditem mais no excepcionalismo americano – que faz com que pessoas do mundo inteiro queiram viver aqui. Obama tem vergonha de projetar o poder dos Estados Unidos num momento em que uma postura forte e confiante da América é necessária para confrontar um Irã nuclear, o radicalismo islâmico, e a agressividade econômica da Rússia e da China. Todos os quais Obama tenta incessantemente apaziguar.

A sensação de confusão, de falta de uma estratégia política é clara para quem olha para o que Obama fez até agora e para o que ele diz pretender no Oriente Médio. Mesmo com todos os regimes árabes caindo e se radicalizando, ele não tem a coragem de estender a mão para Israel.

Os israelenses continuam acreditando na grandeza da América. E Mitt Romney realmente acredita na excepcionalidade da América. Ele acredita que os Estados Unidos sejam uma força do bem no mundo e por isso são uma potência. Uma liderança justa de Romney será um triunfo para a Casa Branca, Israel e para a segurança do mundo.

Principalmente nos Estados críticos como a Florida, Ohio e Pennsilvannya os judeus precisam param e se perguntar porque sua percepção de Obama é tão diferente da dos americanos que vivem em Israel.

Cada quatro anos ouvimos que a próxima eleição é a mais importante das nossas vidas. Desta vez, parece ser verdade. E para os judeus americanos é imperativo levar isso em conta quando se dirigirem para a cabine de votação nesta terça-feira.


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