Thursday, January 29, 2015

Obama e seu Discurso à Nação! 25/01/2015

Na semana passada o Estado Islamico decapitou mais um inocente. Desta vez foi o japonês Haruna Yukawa, um sonhador de um mundo melhor, que deixou a esposa e filho recém-nascido para ir ajudar as crianças apanhadas em áreas de guerra. Seu colega, Kenji Goto, um jornalista, foi forçado a mostrar a foto de Yukawa decapitado ao seu lado e pedir por sua própria vida. Depois de tantas decapitações a notícia do brutal assassinato de Yukawa nem chegou nas primeiras páginas dos jornais. E sabem por quê?

Porque para o Presidente Obama e a mídia que o segue, a maior ameaça para os Estados Unidos hoje não é o terrorismo. É o aquecimento global!!! Em seu discurso anual sobre o estado de saúde da nação, esta foi sua grande declaração. Um discurso completamente surreal e perigosamente ingênuo. 

Sobre sua política externa, ele listou seus “sucessos” como o restabelecimento dos laços diplomáticos com Cuba e o fim das sanções contra o Irã!

Ele disse que pela primeira vez em uma década, ele conseguiu parar o progresso do programa iraniano e reduzir a quantidade de material nuclear. Que até abril ele terá um acordo assinado com os mullahs que irá impedir o Irã de adquirir uma arma nuclear. Ele ainda avisou que qualquer passo tomado por este novo Congresso americano para impor novas sanções será vetado por ele.

Nada sobre o fato do Irã não ter até agora cumprido nem os acordos interinos nem concordado com inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica a locais não aprovados por eles. Nada sobre o fato do Irã estar comprando um sistema anti-mísseis da Russia que tornará inviável qualquer ação militar contra suas usinas nucleares. Os mullahs não poderiam ter advogado melhor!

Não, o aquecimento global é mais importante.

Obama foi para a Arábia Saudita para prestar condolências ao governo sobre a morte do Rei Abdallah. Depois da desfeita de não ter aparecido na manifestação em Paris ele não podia perder esta oportunidade de foto junto com o resto dos líderes do mundo.

O novo rei Salman irá provavelmente continuar a mesma política imposta por sei pai e seguida por seus meios-irmãos desde 1932. Isto quer dizer que mulheres continuarão a não poder dirigir automóveis, não muçulmanos continuarão a serem proibidos de exercer sua religião, direitos humanos e liberdade de expressão continuarão a ser punidos e os salafistas, wahhabistas continuarão a dominar os sistemas escolares e de segurança do país. Apesar deste triste panorama, Obama e países europeus consideram a Arábia um aliado.

Durante esta visita, ninguém teve a coragem de mencionar o caso do blogueiro saudita Raif Badawi, condenado a mil chibatadas e 10 anos de prisão por expressar sua opinião. Afinal ninguém quis criar um incidente internacional. Mas aí é que reside a hipocrisia. Duas semanas atrás todos estes mesmos líderes de braços dados marcharam nas ruas de Paris pela liberdade de expressão. Hoje eles choram e expressam condolências pela morte do rei que tolhia a liberdade de expressão e aumentou substancialmente a punição corporal, inclusive autorizando milhares de decapitações. Em agosto do ano passado foi reportado que o reinado decapitou uma pessoa por dia!

A esposa e filhos de Badawi fugiram para o Canadá e disseram que as chances de revê-lo vivo são muito pequenas. Este tipo de flagelação é tão brutal que não pode ser administrada de uma vez. Badawi teve que ser hospitalizado após as primeiras 50 chibatadas.

A imprensa internacional condenou a punição por algo que no mundo civilizado é louvado.  Mas o governo saudita tem mais medo dos islâmicos - que querem ver a imposição literal desta lei medieval e ultrapassada do Al-Corâo do que a opinião internacional.

Mas o presidente americano nos confortou dizendo que sua liderança conseguiu parar o avanço do ISIS se associando a outros países da Africa do Norte e do Sul da Asia para negar um porto-seguro aos terroristas. Sério??

Nesta semana vimos o governo do Yemen, um outro aliado de Obama, se desintegrar e ser tomado por milícias Houthis associadas com o Irã. Isto coloca os mullahs nas portas do Mar Vermelho, efetivamente em controle da passagem para o Canal de Suez. O Egito, a Arábia Saudita, a Jordânia e Israel dependem desta passagem. Além disso, o Yemen está na frente do corno da África potencialmente submetendo todo o continente à influência iraniana. O Yemen ainda é o local da Al-Qaeda da Península Árabe, uma facção do grupo que se dedica principalmente a ataques ao Ocidente. O terrorista do supermercado casher de Paris, Amedy Coulibaly, reinvindicou o ataque em nome deste grupo que o teria financiado e treinado. Este é um “sucesso” de Obama??

Mas é o aquecimento global que deixa o presidente acordado à noite.

E aí então temos a controvérsia gerada pelo convite do porta-voz do novo Congresso, John Boehner ao primeiro ministro de Israel para vir a Washington e falar aos representantes do povo americano.

Não é a primeira vez que Benjamin Netanyahu fala ao Congresso americano. Da última vez ele recebeu mais aplausos que o presidente o que não ajudou o relacionamento entre eles ou a diminuir a profunda antipatia pessoal de Obama por Netanyahu. Mas a mídia esquerda americana e israelense não medem suas críticas. Alguns dizem que Netanyahu quebrou o protocolo pois não coordenou com a Casa Branca, outros dizem que ele aproveitou o novo Congresso e pelos bastidores se fez convidar justo antes das eleições em Israel, etc., etc.

O fato é que Netanyahu não podia negar um convite do Congresso. São as duas casas, o Senado e a Câmara que aprovam as ajudas militares a Israel. Mas o Congresso também usou Bibi para mandar uma mensagem a Obama. Se o presidente avisa que irá passar por cima dos representes do povo, eles também irão agir sem coordenação com ele.

Bibi não deve, no entanto, pagar o preço por esta briga. Além disso, como primeiro ministro, ele não poderia perder a oportunidade de mais uma vez descrever os perigos de um Irã nuclear e desta política lunática de levantar as sanções. Se com elas, o Irã estava correndo para a bomba, sem elas eles se precipitarão para a reta final e aí será tarde demais.  

Teremos então um bando de clérigos muçulmanos shiitas, que se auto apontaram mensageiros do fim dos tempos, com presença no Iraque, na Síria, no Líbano, em Gaza, no Yemen, sem falar da África e América do Sul, através da Hezbollah. Isto tudo e a bomba atômica.


Mas como Obama diz: o perigo está no aquecimento global!


No comments:

Post a Comment