Tuesday, February 24, 2015

A Islamofobia e a Marcha do Estado Islâmico - 22/02/2015

O que é uma fobia? De acordo com o dicionário, é um medo extremo ou irracional, ou uma aversão irracional a algo.

Não há mais semana sem que ocorra um ataque terrorista. Não há dia sem que a situação no Oriente Médio não piore levando o resto do planeta ao caos. Não há hora que passa sem que recebamos novas ameaças. Tudo isso cortesia do radicalismo islâmico.

Infelizmente, a única pessoa que poderia efetivamente combater este inimigo bárbaro, medieval e ignorante não se encontra. O presidente americano já está em ritmo de férias. Com apenas dois anos de governo à frente, a única coisa que o interessa é jogar golfe e consolidar sua agenda socialista. Sua preocupação é o aquecimento global e em por em prática sua tão sonhada redistribuição de renda. Para ele a mídia exagera o perigo dos terroristas. O clima é o de aulas depois das provas finais. Ninguém mais está interessado no que acontece na escola. E o inimigo sabe disto.

Após outro horrendo vídeo do Estado Islâmico vindo da Líbia em que 21 cristãos egípcios foram degolados por estes monstros, e face a uma forte resposta egípcia, Obama não teve outra alternativa mas se manifestar. Sempre o acadêmico, ele organizou uma conferência contra o “extremismo violento”.  Vejam, não extremismo islâmico, mas extremismo violento. Em seu discurso ele falou da necessidade de um esforço global para combater e atacar as causas que alimentam grupos como a Al-Qaeda e o Estado Islâmico. Sua conclusão foi dizer que o “extremismo violento” é gerado quando pessoas são oprimidas e direitos humanos são negados. A vice porta-voz do Departamento de Estado americano, Marie Harf, explicou depois para a CNN o que o presidente quis dizer. O que os terroristas precisam é de empregos e nós cidadãos somos muito burros para entender esta nuance. Sério? Isto é de verdade o que o presidente da maior potência do mundo pensa?

Na semana passada foi a vez da capital da Dinamarca, Copenhagen, aonde um atirador invadiu um café aonde ocorria uma discussão sobre a liberdade de expressão. Uma pessoa morreu. Logo depois houve um tiroteio em frente à Grande Sinagoga da cidade aonde acontecia um bat mitzvah e um jovem judeu, Dan Uzan, que guardava a entrada, foi morto. Horas depois a polícia dinamarquesa matou o atirador, um dinamarquês, nascido na Dinamarca, de origem árabe, que recebeu todas as vantagens econômicas e culturais.

Este ataque foi surpreendentemente similar ao de Paris. Primeiro, um grupo de cartunistas discutindo a liberdade de expressão é alvejado e depois um local judaico. Em vez de um supermercado casher, uma sinagoga.

O conflito hoje com estes radicais islâmicos é verdadeiramente global. O teatro das duas primeiras guerras mundiais foi principalmente a Europa. Hoje, estamos em guerra contra uma força que ataca em qualquer lugar. Num mesmo mês ocorrem ataques na Austrália, França e Dinamarca. Células terroristas originárias da Bósnia são presas nos Estados Unidos. Numa mesma semana vemos avanços do Estado Islâmico no Iraque, Síria, Líbia, Yemen, Nigeria.  

Até agora os terroristas estão avançando e vencendo. Para eles, isso é um sinal de que Allah está com eles. E assim sendo, eles estão preparados para sustentar muitas casualidades e têm muita paciência.

Neste final de semana, um vídeo do grupo terrorista da Somália, Al-Shabab associado com a al-Qaeda, conclamou seus seguidores a perpetrarem ataques nos shopping centers da América, em particular no mega shopping em Minneapolis, o Mall of America. Os Estados Unidos abrigaram muitos refugiados da Somália que se congregam no estado de Minnesota, e recentemente muitos, com passaportes americanos, voltaram ao seu país para treinarem em Jihad. Este é o mesmo grupo que matou 67 pessoas num shopping em Nairobi no Kenia em 2013.

O Estado Islâmico, por seu lado, também publicou um novo vídeo mostrando soldados kurdos enjaulados, sendo carregados pelas ruas de uma das cidades que controlam. Com isso eles mostram sua superioridade, subjugando qualquer grupo, mesmo muçulmano sunita, que se oponha a eles.

Há um vácuo palpável na liderança americana. Há 40 anos, Henri Kissinger havia conseguido alienar a influência soviética sobre os países árabes alinhando o Egito, a Arábia Saudita e países do Golfo Pérsico à América. Em seis anos de governo, Obama conseguiu destruir estes relacionamentos e distanciar seus aliados. Isto sem falar de Israel. E ao fazê-lo, colocou o mundo inteiro em perigo.

E não só perigo físico, mas nossa cultura e nossas liberdades estão passando por uma mudança radical. A ONU está prestes a aprovar a Resolução 16/18 proposta pela Organização da Conferencia Islâmica. Esta resolução limita a expressão dita “discriminatória” ou a blasfêmia quando ela incitar atos de violência. Em outras palavras, falar mal do cristianismo, judaísmo, budismo, e outras religiões é liberdade de expressão, pois não incita a atos de violência. Mas qualquer expressão contra o islamismo, Maomé ou a sharia, que possa gerar violência, será banido. Todos os membros da ONU deverão aprovar esta lei e transformá-la em lei interna. Isto é parte da estratégia islâmica para silenciar qualquer crítico de sua religião, do seu barbarismo e sua lei medieval.

Como disse, há um vácuo na liderança americana, que leva a uma falta de estratégia para combater estes terroristas islâmicos.

No vídeo do degolamento dos 21 egípcios, levado a cabo nas praias da Líbia, o líder do Estado Islâmico avisou que eles se encontram a poucas milhas de Roma e que tomarão o Vaticano e o resto da Europa. A Itália está muito preocupada, pois não só está diretamente do outro lado do Mediterrâneo  mas não conta com um exército expressivo para combater estes sanguinários. Sua pequena ilha de Lampedusa próxima da costa africana, recebe centenas de refugiados da África todos os dias. Não seria muito difícil incluir terroristas no meio destes grupos.

Na Conferência sobre o extremismo violento, Obama declarou que dizer que estamos em guerra com o islamismo é uma mentira feia. Mas ele não disse que era possível que o islamismo estivesse em guerra conosco. Um dos princípios fundamentais da religião islâmica é a divisão do mundo em dois: o Dar El Islam, o mundo islâmico e o Dar el Harb, o mundo contra o qual o Islão precisa fazer guerra e subjugar.

Para Obama o ataque ao supermercado casher em Paris foi aleatório, não contra judeus; a chacina dos 21 na Líbia foi uma execução de egípcios, não de cristãos. Ele nega que estes grupos que pregam uma versão literal do Corão alveje cristãos, judeus e todos os que não comunguem de sua visão do islamismo. Ele chega até a negar que estes terroristas tenham qualquer coisa a ver com o Islão! Esta visão esquizofrênica que impede uma estratégia vitoriosa e permite o avanço diário do Estado Islâmico nos deixa cada dia mais vulneráveis a outro 11 de setembro.


De volta à definição de fobia. Acho que nosso medo do Estado Islâmico não é infundado ou exagerado. O seu objetivo declarado é de nos matar a todos e estamos vendo provas de sua determinação. Declarar qualquer crítico desta barbárie um islamofobo é incorreto. Este medo não é uma fobia. É um temor presente e real.


Monday, February 9, 2015

O Barbarismo Que Devemos Destruir - 8/2/2015

Na semana passada comecei meu comentário com minha indignação sobre a chacina cometida contra os reféns japoneses pelo Estado Islâmico. E justo quando achava que a humanidade não podia descer mais baixo em selvageria, ela pôde.

Esta semana está sendo particularmente difícil ser racional e colocar os sentimentos de lado.

O revoltante vídeo do piloto jordaniano sendo queimado vivo e depois soterrado por detritos de concreto foi uma das coisas mais horripilantes que já assisti. Os poucos minutos, bem editados para maior efeito, tiveram como objetivo causar medo, intimidação e revulsão, exatamente o que procura um terrorista: causar o terror.

Na semana passada perguntei onde estava o mundo que fica assistindo impassível às cenas de decapitação pelo EI. Pergunto novamente: Será que elas não foram suficientes para que houvesse um consenso mundial para lutar contra este mal?

Se as cenas da imolação do jovem jordaniano não fossem suficientes, nesta semana a Anistia Internacional publicou um relatório descrevendo a violência sofrida por meninas cristãs e yazidi nas mãos do Estado Islâmico. São dezenas de testemunhos de meninas de 9 a 14 anos que descrevem torturas, estupros, escravidão, conversão e casamentos forçados e tratamento tão selvagem que muitas se suicidaram. Pergunto outra vez: onde está o mundo enquanto meninas de 9 anos são estupradas, torturadas e vendidas?

Imediatamente após a publicação deste vídeo medonho, a Jordânia executou dois prisioneiros condenados à morte que o Estado Islâmico disse querer trocar pelo piloto e tomou a liderança nos ataques aéreos contra o EI. Uma questão de honra para o rei Abdallah. Vejam aonde chegamos. Hoje olhamos para a Jordânia, um país com uma pequena força aérea, mal equipada e treinada, como líder na luta contra o Estado Islâmico!!!

E porque o resto do mundo está paralisado? Porque desde a segunda guerra mundial, os americanos tomaram a liderança na luta contra os bandidos deste mundo. Hoje, infelizmente a Casa Branca tem um presidente que não quer comprometer sua agenda esquerdista de rebaixar a América. Para ele, a liderança alcançada através do excepcionalismo americano é algo ruim, algo a ser apagado dos anais da história.

Isto ficou patente há três dias quando Obama, no Café da Manhã de Prece Nacional, comparou as atrocidades do Estado Islâmico com as dos cristãos durante as Cruzadas e a Inquisição. Ele disse que naquela época atos terríveis foram cometidos em nome de Cristo. Só que as cruzadas aconteceram há mil anos! Foi o que denominamos a Idade das Trevas! O auge da Inquisição foi há 500 anos! Neste meio tempo, a Igreja passou por uma Reforma que permitiu sua modernização e o abandono das práticas bárbaras da época.

A Bíblia também fala de olho por olho, dente por dente, mas alguém vê isto aplicado hoje literalmente?

E é uma reforma que o Islamismo precisa desesperadamente. Não podemos ter no século XXI uma doutrina que exige a aplicação literal das torturas e práticas descritas no Al-Corão. E isto tem que começar pela Arábia Saudita e Irã.

Estes radicais e outros que os apoiam dizem que não podemos exercer nossa liberdade de expressão porque sua religião e seu profeta tem que ser respeitados. Como diz a frase antiga, respeito se conquista! Ele se conquista através de contribuições positivas para a humanidade, não atrocidades.

Vencer o Estado Islâmico é imperativo. Mas a resolução do problema não se resume a isso. É verdade que uma vitória total enviará uma mensagem inequívoca a todos estes jihadistas que sonham com a dominação do mundo, que o mundo livre não tolerará suas investidas. Mas é preciso uma mudança de mentalidade e a reeducação dos muçulmanos. Isto só eles podem fazer.

Do nosso lado, temos que acabar com o politicamente correto e dar o nome aos bois. Estamos em guerra contra o islamismo radical. Se não definirmos quem é o inimigo, como podemos vencê-lo? E todos nós no ocidente devemos ficar preocupados. Os ataques nos Estados Unidos, na Inglaterra, na Espanha e recentemente na França podem ocorrer em qualquer lugar. Mas o governo Obama insiste em menosprezar o problema. Susan Rice, a conselheira de Obama em Segurança Nacional disse ontem que o Estado Islâmico não representa um perigo existencial para os Estados Unidos. Sério? Aonde ela vive? Ainda no dia 10 de setembro de 2001?

Nesta semana seis imigrantes da Bósnia, incluindo uma mãe de 34 anos foram indiciados em vários estados americanos por patrocinarem e angariarem fundos para o Estado Islâmico.  Três deles são cidadãos americanos, inclusive um que foi lutar na Síria. Outro ataque nos Estados Unidos é só uma questão de tempo.

E não é só a América que tem que se preocupar. Ontem 4 sírios foram presos no aeroporto de Madrid, procedentes do Uruguai e Brasil com passaportes israelenses falsos.

Com o jihad globalizado, por que não vemos uma força verdadeiramente internacional com tropas não só dos Estados Unidos, mas do mundo inteiro, inclusive do Brasil, irem destruir este grupo e salvarem estas meninas, salvarem o resto dos reféns e erradicarem estes degenerados?

O pior de tudo é que não só o mundo está fechando os olhos para estas atrocidades mas está colaborando com o Estado Islâmico. Se eles estão vendendo o petróleo do norte do Iraque, alguém está comprando. Se eles têm armas e tanques, alguém lhes está vendendo. Porque ninguém está fazendo estas perguntas?

O mundo vergonhosamente perdeu o norte moral. Ele não sai de seu padrãozinho mesquinho e podre. Mesmo com as cenas do piloto jordaniano queimando vivo na mente de todos, a ONU encontrou tempo esta semana para outra vez condenar Israel. Sobre o recente ataque da Hezbollah ao norte do país que deixou dois soldados israelenses mortos a ONU só teve a dizer que os Membros do Conselho de Segurança “condenam nos termos mais fortes a morte de um soldado espanhol parte da UNIFIL que ocorreu na troca de fogo ao longo da linha azul em 28 de janeiro de 2015”. Nada sobre a Hezbollah, nada sobre os dois soldados de Israel mortos.

Eu pergunto: Onde estão nossos líderes? Onde está a ONU? É esse o mundo que queremos deixar para nossos filhos? Ou para os filhos dos nossos filhos? Não há um só Winston Churchill ou John Kennedy para nos defender, nos inspirar? Será que o problema é comigo? Acho que não. Precisamos de um líder antes que seja tarde demais.



Monday, February 2, 2015

O Avanço Incontestado do Irã - 01/02/2015

Kenji Goto está morto. Mais um ato bárbaro, cometido por sanguinários que dão vazão à sua ânsia de cometer crimes, baixo à bandeira do islamismo. Imaginem soltar todos os presidiários de uma cadeia de segurança máxima e dar a eles armas, muito dinheiro, e um território. Estes são assassinos, pedófilos, abusadores sexuais e outros sociopatas reunidos para dar realizar suas tendências sádicas e criminosas com a ratificação religiosa do Al-Corão.

É o pior que a humanidade tem a oferecer. A ralé do mundo.

Por que estamos tão chocados? Esta não é a primeira vez na história que testemunhamos massacres de inocentes. Nesta semana a ONU relembrou o Holocausto. Há 70 anos, o mundo assistia passivamente a outros massacres, não em algum canto do terceiro mundo, mas na Europa civilizada, cometidos pelo país considerado o mais avançado do continente. Ao final foram 6 milhões de judeus entre eles 1 milhão de crianças assassinados pelo regime nazista além de outros milhões de ciganos, deficientes físicos e mentais e idosos.

Foi após este episódio horrendo que o mundo decidiu se unir e criar a ONU com o propósito primordial de prevenir outro genocídio. Nisso a organização falhou miseravelmente.

Mas será que o mundo, tão chocado em 1945 quando da abertura dos campos de concentração, não sabia o que estava se passando? Claro que sabia. Em 1943 e 44, judeus imploraram ao presidente americano Roosevelt para bombardear os trilhos do sistema ferroviário alemão e impedir que judeus fossem levados como gado aos fornos crematórios. Roosevelt negou.

Mas e depois de 1945? O mundo não sabia do genocídio em Biafra, no Cambodia, em Bangladesh, no Timor do Leste, na Bosnia, Rwanda, Darfur? É claro que sabia. E não fez nada. O “nunca mais” se tornou um lema vazio e insignificante.

Hoje estamos testemunhando o massacre de milhares de inocentes no Iraque e na Síria. Cristãos crucificados como na época de Nero. Meninas vendidas como escravas e mulheres genitalmente mutiladas. E ninguém faz nada, especialmente a ONU.

Israel está vendo isto.

Israel sabe que o mundo nada fará se o Irã conseguir a bomba atômica e quiser jogá-la sobre o estado judeu. Os mullahs estão em marcha para alcançarem este objetivo e o mundo sabe disso. E cada um escolhe olhar para o outro lado e se calar porque simplesmente acha que tudo isto está muito longe de suas fronteiras.

Mas pior do que se fazer de cego, Obama e sua administração, têm feito tudo para impedir que Israel tome qualquer iniciativa militar contra o Irã, ou pelo menos, contra seu braço armado no Líbano, a Hezbollah.

Quando um alvo é atingido, Israel não reivindica a autoria. Fica quieta. Isto dá ao outro lado a oportunidade de não retaliar. Foi isso que fez Assad quando Israel destruiu um grande carregamento de armas para a Hezbollah. Mas nos últimos anos, Obama fez questão de ir para a mídia e revelar a autoria de Israel o que inevitavelmente gerou novos ataques contra o Estado Judeu.

Obama também se recusa a reconhecer que a Síria é controlada pelo Irã. Mas com o ataque que matou o filho de Imad Mughnieh e um general iraniano, ficou patente o profundo envolvimento dos aiatolás na Síria e o fato que eles querem abrir um novo front contra Israel, desta vez, a partir dos Altos do Golã.

Tudo isso está acontecendo simultaneamente a um avanço do Irã em outras regiões estratégicas. Na semana passada o regime aliado aos Estados Unidos no Yemen foi derrubado por milícias shiitas financiadas e treinadas pelo Irã. Como disse na semana passada, hoje efetivamente o Irã controla não só o Estreito de Ormuz mas o Golfo de Aden, literalmente bloqueando a Arábia Saudita e suas exportações de petróleo.

Em vez de defender o governo que era seu aliado, Obama se resignou à tomada do Yemen pelos shiitas e sua política hoje é de tentar fazer o país buscar um diálogo nacional que incluiria todo o mundo, desde os shiitas iranianos até os sunitas da Al-Qaeda da Peninsula árabe. Chega a ser impossível tentar descrever a insanidade desta política.

Mas os tentáculos do Irã vão mais além. Esta semana foi divulgada a possibilidade que agentes iranianos teriam assassinado o promotor Alberto Nisman na Argentina, às vésperas dele publicar o resultado de sua investigação sobre o bombardeamento da Embaixada israelense em 1992 e do Centro Judaico em Buenos Aires em 1994, provando o envolvimento do regime iraniano.

Dos Altos do Golan a Gaza, do Yemen e Iraque para a America Latina, o Irã está abertamente avançando sua agenda imperialista e nuclear.

Durante a visita de Obama à Arábia Saudita, por ocasião do funeral do Rei Abdullah, o novo Rei Salman reclamou ao presidente de modo inequívoco, de fato soando o alarme para eventos piores a vir se as ambições do Irã não forem tolhidas. Mas parece que a conversa não teve qualquer impacto sobre Obama. Ele acredita piamente que os dois países (Irã e Arábia Saudita) irão eventualmente fazer as pazes e enterrar os mais de mil anos de rivalidade religiosa só porque ambos se opõem ao Estado Islâmico. Isto é pura fantasia.

O ataque à Hezbollah mostrou a determinação de agir quando sua segurança nacional está em jogo. Mas infelizmente Israel está com as mãos amarradas por Obama.

Pelo fato da administração americana ter fechado os olhos ao avanço do Irã e seu papel desestabilizador na região, Israel só pode reagir a ameaças internamente ou imediatamente adjacentes a suas fronteiras.

E é por isso que a presença de Bibi perante o Congresso americano é tão crítica neste momento. Este Congresso ficará muito após Obama ter deixado a Casa Branca com todas as suas ilusões, fantasias e vetos a sanções contra este regime terrorista. Ele não pode perder a oportunidade de falar dos perigos reais que os israelenses enfrentam para um órgão do governo que o vê como aliado e que financia a defesa de Israel.

O relacionamento de Obama com Bibi certamente irá piorar depois disso, mas vamos rezar para que estes 23 meses passem rápido, sem muitos eventos traumáticos e que uma nova administração americana, pelo menos uma que seja lúcida, assuma o leme do que ainda é a maior potência do mundo.