Sunday, July 26, 2015

O Malfadado Acordo com o Irã - 26/07/2015

Depois de quatro horas e meia de questionamento agressivo pelo senado, o secretário de estado John Kerry junto com o secretário de energia e o do tesouro não conseguiram convencer os representantes do povo americano que este acordo com o Irã é o melhor caminho para estabilizar o Oriente Médio. Os senadores republicanos continuam contra o levantamento das sanções assim como uma dúzia de democratas. Kerry foi muito agressivo com seus críticos enquanto tentava descrever os detalhes do acordo.

O fato é que apesar de importantes, os detalhes não são o fator crítico desta negociação. Neste caso em particular, dois princípios gerais controlam.

Um deles é o fato deste acordo não evitar que o Irã adquira a bomba nuclear. Ele de fato estabelece o próprio cronograma para o Irã estocar bombas nucleares, e adquirir os meios de lança-las através da tecnologia balística que lhe será liberada daqui a 5 anos. O segundo princípio são os 150 bilhões de dólares que serão liberados para os mulás.

Hoje Kerry diz que o Irã tem um ano até ter material nuclear suficiente para uma bomba. Isto baseado no que sabemos. Mas segundo o acordo, os Estados Unidos e os outros membros são obrigados a dividir tecnologia nuclear com o Irã incluindo como desenvolver centrífugas mais avançadas. Desta forma, assim que o acordo terminar, O Irã poderá montar quantas bombas quiser e com nova tecnologia, num tempo muito mais curto.

Um outro aspecto do acordo está no Anexo III, que estabelece que os Estados Unidos e outros membros ajudarão o Irã com a segurança do seu programa nuclear, ajudando os aiatolás a prevenir, proteger e responder à ameaças às suas usinas nucleares. Isto quer dizer que no caso de Israel querer usar uma opção militar, os Estados Unidos serão obrigados a avisar e a proteger o Irã.

E aí temos outros aspectos do programa nuclear iraniano que não conhecemos. Parchin, uma base militar aonde ocorreu uma grande explosão no ano passado, não poderá ser inspecionada. Ao que parece, o governo iraniano tem acordos em separados com a Agência Internacional de Energia Atômica e ficamos sabendo que os Estados Unidos também têm. John Kerry admitiu a existência deste acordo confidencial paralelo durante seu testemunho.

E aí temos 150 bilhões para o Irã continuar a financiar os grupos terroristas ao redor do mundo. Da Argentina à Bulgária, do Líbano aos Estados Unidos, as pegadas iranianas podem ser encontradas nos mais horrendos ataques e tentativas.

Só há uma pessoa que decide aonde este dinheiro será gasto e esta pessoa é o Supremo Líder Ali Khamenei. E ele tem sido muito claro aonde ele colocará estes fundos. Nas ultimas semanas ele tem liderado cânticos de morte à America, e Morte a Israel com promessas de continuar armando a Hezbollah, o Hamas e os Houthis. E neste final de semana, ele publicou no seu twitter, uma silhueta do presidente americano Obama com uma arma na cabeça dizendo que “se ocorrer uma guerra, o perdedor será o agressivo e criminoso Estados Unidos!” Khamenei também deixou claro que o Irã manterá sua parte nos acordos enquanto lhe for conveniente.

Com o fim das sanções, será impossível reimpô-las. Cinco dias apenas da assinatura do acordo e a Alemanha já enviou dezenas de empresários para o Irã. Também foram-se as chances de conseguir uma coalisão para uma medida militar contra os mulás se houver violação do acordo. O fim das sanções trouxeram o fim da intimidação do Irã. E como solução para a agressividade dos iranianos, só sobrou a guerra.

Em outras palavras, longe de diminuir as chances de uma guerra, este acordo a faz inevitável e isso com um Irã nuclear que não tem medo de levar sua população para o inferno junto com o resto do mundo.

Ao que parece, um dos pontos do acordo secreto que os Estados Unidos teriam com o Irã é que os aiatolás se comprometeram a não montar uma bomba até Obama sair da presidência. E para isso, Obama tinha que conseguir que 2/3 do Congresso não se opusesse ao acordo. Mas Obama traiu o Congresso e foi direto ao Conselho de Segurança da ONU já aprovando o fim das sanções. Agora, se o Congresso não aprovar o acordo, a América estará sozinha com suas sanções contra o Irã o que não será muito efetivo.

Por seu lado, a Arábia Saudita fez um acordo com a Irmandade Muçulmana contra o Irã e já está assinando contratos com a França para a construção de uma usina nuclear. Outros países da região buscando a tecnologia são o Egito, os Emirados e a Turquia.

Mas outros estão olhando para Israel para ver o que o Estado Judeu fará.

Nesta semana, o jornalista palestino-jordaniano Mudar Zahran, publicou uma coluna perguntando se Israel salvará o mundo uma terceira vez.

Sim, terceira vez, pois a primeira foi quando Israel bombardeou a usina de Osirak no Iraque em Junho de 1981. Nove anos depois, o Iraque invadiu o Kuwait e imaginem se os Estados Unidos poderia libertar o pequeno emirado se Saddam Hussein tivesse a bomba. A segunda vez foi em 2007 quando Israel destruiu a usina nuclear síria em Deir EzZor no norte do país. Hoje esta região está dominada pelo Estado Islâmico. Imaginem estes selvagens de posse de material nuclear.

Zahran tem razão, mas agora, o mundo inteiro está com o Irã e contra Israel. O Irã tem uma dúzia de usinas conhecidas espalhadas pelo país, algumas subterrâneas. O Irã é mais distante que o Iraque e dispõe de sistemas de radar russos muito mais sofisticados. A tarefa será monstruosa.

Em uma coisa Netanyahu esteve incorreto: Ele disse que a assinatura deste acordo era um erro de proporções históricas. Na verdade ele é um erro de proporções bíblicas.

Neste jejum do dia 9 do mês hebraico de Av, quando lembramos a destruição de ambos os Templos de Jerusalém e as promessas de redenção dos nossos profetas, só podemos imaginar que todos estes eventos são desígnios de D-us. Mas isso não exclui nossa responsabilidade de protestar, de denunciar algo profundamente errado e tentar mudar a percepção destes líderes que parecem cegos ao que está para acontecer.

Infelizmente só há um lado errado e um lado correto da história. Quem se opôs à escravidão no século XIX, ao Fascismo, ao Nazismo e Comunismo no século XX, não tomou uma posição popular. Hitler antes da guerra foi escolhido o Homem do Ano pela revista Time.

Hoje o mundo está se congratulando por ter evitado um conflito com o Irã quando ele foi apenas adiado. Aquele que se mantém do lado de Israel, contra o radicalismo islâmico, contra a barbárie desta ideologia, não é o cara mais popular do bairro, mas ao final, ele estará do lado correto da história. Só esperemos que haja uma história a recontar após o confronto final com o Irã.






Sunday, July 19, 2015

Morte à América - 19/07/2015

Morte à América, Morte a Israel! Estes foram os cânticos de comemoração liderados pelo supremo líder Ali Khamenei depois que as potências do mundo decidiram remover as sanções econômicas contra os aiatolás. Num discurso ardente ontem, ele disse que o Irã iria sempre se opor ao arrogante Estados Unidos prometendo não “deixar estrangeiros se intrometerem nos assuntos do Irã”.

Ele também prometeu nunca cessar seu apoio aos seus “amigos” da Palestina, Iêmen, Síria, Iraque, Bahrain e Líbano. Traduzindo, o supremo aiatolá avisa que não cessará o patrocínio dos grupos terroristas Hamas e Hezbollah, dos rebeldes Houthis que depuseram o governo eleito do Iêmen, do governo de Bashar Assad e da oposição xiita no Bahrain.

Finalmente, Khamenei disse que tirando este acordo, não há nada que o Irã queira discutir com os Estados Unidos. Traduzindo, nem mesmo a luta contra o Estado Islâmico no Iraque.

Tudo isso após o secretario de imprensa da Casa Branca Josh Earnest, ter declarado que o Presidente Barack Obama tinha “melhorado substancialmente a tranquilidade da comunidade global”.

Obama vive num universo paralelo, num mundo de fantasia e não há nada que o faça confrontar a realidade. Quando em viajem ao sul do país, pediram à ele ir até a fronteira com o México para ver o que se passa com imigrantes ilegais, mas ele se recusou. Na semana passada uma jovem de 32 anos foi morta a tiros na cidade de São Francisco por um imigrante ilegal que tinha sido deportado cinco vezes! Mas ele teve tempo de visitar uma cervejaria e pedir hambúrgueres numa churrascaria.

Aí na quinta-feira, um kuaitiano naturalizado americano, abriu fogo contra um quartel no Estado de Tennessee matando cinco soldados americanos que cumprindo a lei, estavam desarmados.

Muitos nos Estados Unidos se mostram surpreendidos pelo comportamento do presidente. Mas não vejo por que. Ele não desviou um iota de sua agenda ideológica. Ele detesta a América e o que ela representa. Ele ainda vê com romantismo os anos em que viveu na Indonésia, o maior país muçulmano do mundo. Seguindo seu pai, um muçulmano do Quênia, Obama rejeita a cultura ocidental, e para aqueles que esqueceram, seu primeiro ato como presidente foi devolver um busto de Winston Churchill para a Inglaterra.
Ninguém entendeu por que ele não apoiou o movimento secular de reforma do Irã de 2009 contra a fraudulenta eleição de Ahmadinejad. Será porque ele tem uma infinita simpatia por clérigos muçulmanos? Se não, não há como explicar este acordo desastroso com o Irã.

Eu li as 158 páginas do acordo e vou aqui descrever apenas algumas cláusulas que poderá surpreender os ouvintes.

Para vender o acordo, o Presidente Barack Obama prometeu que os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica, poderiam inspecionar as usinas nucleares “a qualquer tempo e em qualquer lugar”. Mentira! Pura mentira! Os artigos 74 a 78 dizem que, sobre material nuclear em locais não declarados, os inspetores deverão submeter “pedidos de acesso ao Irã, feitos em boa-fé, com a devida observância dos direitos soberanos do Irã, mantidos ao mínimo necessário.” Ainda, que “tais pedidos não poderão interferir com atividades militares ou de segurança nacional mas deverão ser feitos somente para resolver preocupações com o cumprimento do acordo”. Aí o artigo estabelece o procedimento pelo qual os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica podem inspecionar as usinas:

1.    Primeiro, os inspetores deverão submeter suas preocupações por escrito pedindo esclarecimentos;
2.    no caso das explicações do Irã não resolverem as preocupações, aí os inspetores podem dar ao Irã todas as informações que chegaram à eles pedir acesso ao local preciso que causou tais preocupações;
3.    Aí o Irã pode propor uma alternativa aos inspetores, para não inspecionarem o local em questão;
4.    Se a alternativa proposta pelo Irã, depois de usada, ainda não resolver as duvidas dos inspetores, então as partes devem negociar alguma outra alternativa boa para todos. Se esta outra alternativa ainda não resolver, então o Irã, em consulta com todos os membros deste acordo e por um voto de pelo menos 5 membros, irá propor outra resolução!!!

Nada sobre o Irã ser obrigado a abrir os locais para inspeção. Absolutamente nada. E os locais declarados: o Irã se obriga a uma série de passos que são absolutamente não verificáveis e que ao final terão força de recomendações e não de obrigações. A pérola disto tudo é que os inspetores deverão tomar todas as precauções para proteger os segredos comerciais e tecnológicos e outras informações confidenciais do Irã que poderão lhes vir ao seu conhecimento.

Que piada histórica isto seria se não fosse tão alarmante! O Irã estará saindo com seu programa nuclear intacto e mais bilhões de dólares para levar à frente sua política terrorista ao redor do mundo.

A pergunta natural a ser feita, é: o que os Estados Unidos ganha com este acordo? Além de provar uma fraqueza incomum para uma potência mundial e uma falta de habilidade em negociar, absolutamente nada.

Obama inclusive se recusou a colocar na mesa a soltura de quatro americanos presos injustamente no Irã: um é Saeed Abedini, um pastor cristão que pelo fato de ter nascido numa família muçulmana, foi condenado por apostasia! Outro é Jason Rezaian, chefe do escritório do renomado jornal Washington Post acusado de espionagem. O terceiro Amir Hekmati um jovem com dupla cidadania que viajou ao Irã para visitar sua avó doente e foi condenado à morte supostamente por ser um agente da CIA. Hekmati serviu no exército americano. O último Robert Levinson era um investigador particular aposentado do FBI que simplesmente desapareceu no Irã.

Obama declarou que o assunto dos quatro americanos presos nada tinha a ver com o problema nuclear do Irã. No entanto, na extensa lista das empresas e indivíduos que irão se beneficiar do acordo e do fim das sanções, está o general Qassem Soleimani, responsável pelas operações do Irã no exterior. Ele é o principal condutor das ações da Hezbollah no Líbano e do Hamas em Gaza. Ele é o ponto de contato entre o governo de Bashar Assad e os aiatolás no Irã. No Iraque ele teve um papel central na morte de centenas de soldados americanos e foi ele o coordenador do ataque frustrado contra o embaixador saudita em Washington.

Enquanto o mundo que conhecemos está se desintegrando, Obama planeja uma visita à cidade de Nova Iorque com suas filhas e quer falar sobre esta viajem com a imprensa, nada mais. O pior é que este descolamento da realidade está contaminando o resto do partido democrata e se escutarmos os candidatos deste partido à presidência, como Hillary Clinton ou Bob Sanders, acharíamos que o mundo está rosado e feliz.

A auto-ilusão e uma vida rica em fantasias são muito perigosas para qualquer presidente. Elas frequentemente levam a desastres inimagináveis – até eles acontecerem. Um destes desastres será um Irã armado com a bomba e baseado neste acordo isso acontecerá muito brevemente.


É isso que temos que nos preocupar nos próximos 18 meses de presidência deste inepto; até ele deixar a Casa Branca para sua terra de fantasias.

Sunday, July 12, 2015

O Prazo Final do Acordo Nuclear Com o Irã - 12/07/2015

O ministro do exterior da França Laurent Fabius declarou neste final de semana que chegou a hora de tomar uma decisão sobre as negociações com o Irã. Isto, com a terceira prorrogação para a resolução dos impasses tendo passado e uma nova prorrogação marcada para amanhã.

John Kerry, querendo amenizar o comportamento dos iranianos, disse que “progresso real foi alcançado” mas no dia seguinte ele colocou no twitter que ainda há pontos difíceis a discutir. Estes pontos são os que asseguram o cumprimento das obrigações pelos aiatolás: acesso irrestrito e ilimitado dos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica e um alivio progressivo das sanções baseado no fiel cumprimento de tais obrigações.

O Irã exige ser notificado com ampla antecedência das inspeções, sendo que suas bases militares estariam fora dos limites, e a suspenção imediata de todas as sanções inclusive do embargo de armas . Isto juntamente com os cantos liderados pelo Supremo Líder de Morte à America e Morte à Israel nesta sexta-feira, que incluíram pisotear e queimar as bandeiras de ambos os países.

Esta pílula deveria ser difícil de engolir pelas potências ocidentais. O Irã continua a propagar sua ideologia e a tentar o domínio do Oriente Médio através de seus representantes. A Hezbollah no Líbano e agora na Síria, a Guarda Revolucionária no Iraque, os Houthis no Yemen, o Jihad Islâmico em Gaza. As comunidades xiitas ao seu comando tentam desestabilizar os governos sunitas em Bahrain, Qatar, Emirados e Arábia Saudita. Seus tentáculos chegam à África e até na América do Sul. Com a suspensão das sanções, o Irã terá armas e dinheiro à vontade para levar à frente seus planos de hegemonia e domínio do mundo muçulmano.

E nisto o Irã é igualzinho ao Estado Islâmico. De fato, a maior diferença entre eles é pertencerem a seitas distintas do islamismo. Mas os dois usam da mesma brutalidade para impô-lo como penas de morte, amputações, apedrejamentos. Mulheres devem usar o véu e são tratadas como propriedade; homossexuais são sumariamente mortos; crianças são crucificadas se pegas com comida no mês do jejum de Ramadan.

A violência do islamismo radical está se espalhando como um câncer ao redor do mundo. Só neste final de semana tivemos ataques no Cairo, na Tailândia, no Chad, na Nigéria, e outro ataque foi evitado na Tunísia depois do massacre de turistas em suas praias há duas semanas.

Seis meses depois do massacre dos jornalistas e cartunistas do Charlie Hebdo e do supermercado Kasher em Paris e da marcha dos líderes do mundo, não estamos melhores, não estamos mais seguros. O Estado Islâmico hoje tem um orçamento maior que muitos países e está até construindo hotéis para atraír turistas ao seu paraíso medieval islâmico. A inépcia e a falta de ação são intoleráveis. Obama, suposto líder do mundo livre, continua a insistir que o Estado Islâmico não é um estado e não é islâmico. Obama continua a arrastar as negociações com o Irã apesar das declarações do seu Supremo Líder que a guerra contra o “arrogante” Estados Unidos continuará, “por que deixar de fazê-lo seria como anular o Al-Corão”.

O que é incompreensível, é que em vez do mundo se unir para derrotar este mal de uma vez por todas, ele continua focado nos supostos “crimes de guerra” perpetrados por Israel. Nesta semana, o canal France 24 fez um documentário sobre a situação precária dos residentes de Gaza que não conseguem reconstruir suas casas por causa da falta de cimento.

Obviamente, a culpada pela falta de cimento é Israel apesar das centenas de toneladas de ajuda humanitária que o estado judeu fornece à Gaza, todos os meses. Não o Egito que fechou completamente a fronteira, explodiu ou inundou todos os tuneis, inclusive desalojando milhares de pessoas na fronteira. Mas Israel. Isto não impediu o Hamas anunciar orgulhosamente há alguns dias, que sua rede de tuneis para Israel estava num estágio avançado de reconstrução. Estão vendo para onde foi o cimento???

A BBC por sua vez, entrevistou o ex-chefe da Comissão dos Direitos Humanos que investigou o conflito entre Israel e Gaza no ano passado sobre a possibilidade de políticos e militares do exército de Israel serem trazidos para a Corte Penal Internacional. Não Bashar Assad, que usou gás em seu próprio povo, ou o Estado Islâmico que assassina, estupra, escraviza indiscriminadamente, ou o Boko Haram que sequestra meninas.

No final de semana passado, um rapaz de 24 anos foi esfaqueado 40 vezes até a morte num metrô da capital americana Washington. O vagão estava cheio de passageiros e ninguém fez nada. Aonde chegamos? Enquanto um outro ser humano é brutalmente assassinado, as pessoas continuam a enviar textos!!!!

Será que foi esta indiferença que permitiu aos nazistas exterminar tantos inocentes? Será que é preciso seis milhões de vítimas para o mundo desviar os olhos de seus telefones? Sim, porque houve uma tentativa da Inglaterra, no Conselho de Segurança da ONU, de declarar como genocídio o massacre de 8 mil homens e meninos de Srebrenica na Bósnia em 1995 e a resolução foi vetada pela Rússia!

É verdade que desde a segunda guerra não houve nenhum regime que pudesse ser comparado aos nazistas e seu eficiente aparato industrializado de campos de concentração e extermínio. Qualquer comparação é inapropriada e trivializa o genocídio cometido por eles.

E é por isso que fiquei chocada com o vídeo produzido uma empresa chamada Emotions Studios Ltda., comparando o antipetismo ao antisemitismo. Já na introdução do vídeo, perguntam o que os petistas, os judeus e o nazismo têm em comum?? Tirando o fato do nome completo do partido nazista ser Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores da Alemanha, não consegui ver o paralelo. Aí o vídeo continua dizendo que os petistas estão sendo perseguidos como os judeus o foram durante a Segunda Guerra!

Quanta imbecilidade, ignorância, manipulação e por que não, má-fé destes produtores? Primeiramente, os judeus foram perseguidos por sua raça, não por algo que tivessem feito. De acordo com as leis raciais e de higiene, não-judeus que tinham avós judeus, foram exterminados. Um milhão de bebês e crianças judias foram mortas. O que elas fizeram??

O anti-petismo por seu lado é derivado dos escândalos, da corrupção, do assalto aos cofres públicos e do mal-gerenciamento das finanças do Brasil, um país cheio de riquezas naturais que não deveria ter sequer uma pessoa passando fome ou desabrigada. Comparar as duas coisas como sendo o mesmo é uma vergonha. Cada um tem o direito à sua opinião mas não aos seus fatos.

Deixo aqui meu protesto, meu repúdio contra este vergonhoso filme que além distorcer os fatos, trivializou o holocausto tentando colocar o PT como uma pobre vítima inocente quando ele próprio, por suas ações, decisões e políticas, colocou o país neste estado deplorável.