Sunday, October 25, 2015

A Verdade Sobre o Grão Mufti de Jerusalem - 25/10/2015

Hoje eu havia pensado em falar sobre a recente resolução passada pela ONU e UNESCO declarando que os túmulos dos patriarcas Abraão, Isaac, Jacó e suas esposas Sara, Rebeca e Lea em Hebron e o túmulo da matriarca Raquel em Belém, são lugares sagrados islâmicos! A resolução também queria incluir o Muro das Lamentações como parte da Mesquita de Al-Aqsa condenando, portanto, o acesso e prece de judeus no local. A parte sobre o Muro das Lamentações foi removida depois de muita crítica, mas a resolução incluiu uma séria condenação à Israel sobre escavações arqueológicas na cidade velha de Jerusalém. Esta resolução foi submetida pelos palestinos, mas o pior é que os países ocidentais se abstiveram em mais uma mostra de cegueira moral. 

Há muito que falar sobre isto, especialmente sobre como os palestinos cuidam de lugares santos. Vimos o que aconteceu na semana passada quando incendiaram o túmulo de José e a destruição que causaram na Igreja da Natividade em 2002 quando queimaram decorações, cruzes e outros objetos santos para os cristãos.

Mas na terça feira da semana passada, uma declaração de Netanyahu causou muita polêmica na mídia e achei mais importante esclarecer os fatos. O primeiro ministro de Israel disse que o Grão Mufti de Jerusalém teria inspirado Hitler a iniciar a “solução final” para assassinar os judeus da Europa. Muitos sentiram que a afirmação de algum modo absolvia Hitler de seus crimes e que historicamente Bibi havia errado. Na quinta-feira, a Casa Branca condenou o que para Obama foi uma retórica inflamatória.

O diretor do Centro de Pesquisa de Política do Oriente Próximo e da Agência de Pesquisa de Notícias de Israel, David Bedein, publicou um artigo explicando por que Netanyahu estava correto. Vou falar agora dos fatos que ele trouxe.

O líder dos árabes da Terra Santa durante a Segunda Guerra, Haj Amin Al Husseini, o Mufti de Jerusalém, forjou um pacto com Adolf Hitler no dia 28 de novembro de 1941, uma semana antes da infame Conferência de Wannsee sobre a Solução Final para o Povo Judeu. Esta conferência havia sido marcada para o dia 7 de dezembro, mas teve que ser adiada por um mês, pois naquele dia aconteceu o ataque japonês em Pearl Harbor.

As minutas do pacto foram apresentadas como prova contra o Mufti nos julgamentos de Nuremberg. Nelas Hitler explicitamente afirma que iria exterminar os judeus da Europa e ajudar o Mufti a exterminar os judeus da Palestina, para criar um estado árabe judenrein – livre de judeus.

Com esta finalidade, o Mufti tomou residência no bunker de Hitler, de onde recrutou as unidades islâmicas da Waffen SS, com o objetivo principal de exterminar os judeus em massa. Ao mesmo tempo, ele fazia apelos em árabe pelo rádio, incitando os muçulmanos a se unirem à causa nazista e se prepararem para a eliminação dos judeus na Palestina.

Os protocolos da condenação do Mufti em Nuremberg foram publicados em 1946 num livro do jornalista Maurice Pearlment sobre a vida de Al-Husseini. Pearlment citou as testemunhas seniores da SS que afirmaram no Tribunal de Nuremberg que o Mufti trabalhava diretamente com Eichmann e Himmler e que teria tido um papel fundamental em assegurar que milhões de judeus fossem assassinados e não resgatados.

Ninguém nega o conteúdo das emissões de rádio do Mufti, seu recrutamento das unidades islâmicas da SS e seu envolvimento direto nas apreensões e deportações dos judeus da Iugoslávia. Estas estão gravadas. E não há qualquer dúvida sobre seu apoio à Solução Final e seu desejo de estendê-la ao mundo árabe.

Uma testemunha em especial, do SS Hamsturmfuerer Dieter Wisliceny, subordinado de Eichmann não poderia ter sido mais clara. Ele disse que “o Mufti foi um dos iniciadores da exterminação sistemática dos judeus da Europa e um colaborador permanente e conselheiro de Eichmann e Himmler na execução do plano”. O Grão Mufti, que se encontrava em Berlin desde 1941, “teve um papel primordial na decisão do governo alemão de exterminar os judeus da Europa, uma importância que não pode ser desconsiderada. O Mufti repetidamente recomendava às autoridades, incluindo Hitler, Ribbentrop e Himmler que exterminassem os judeus. Ele considerava esta uma solução confortável para o problema dos judeus na Palestina. A ferocidade antissemita de suas mensagens, transmitidas de Berlim, ultrapassava à de Hitler. O Mufti era grande amigo de Eichmann e constantemente pedia a ele para acelerar as medidas de exterminação...”.

Quando Eichmann foi trazido para Jerusalem em 1961, a ministra do exterior da época, Golda Meir, pediu para o Mossad prender o Mufti para ele sentar no banco dos réus ao lado de Eichmann. O Mufti tinha fugido para o Cairo em 1947 e a Inglaterra que controlava o Egito, se recusou a prendê-lo. No Cairo, o Mufti teria influenciado a elaboração da carta magna da Liga Árabe, explicitando que seu objetivo era o de erradicar toda e qualquer entidade sionista.

A recusa da Inglaterra de prender o Mufti no Cairo levou o chefe dos revisionistas sionistas nos Estados Unidos na época, Ben Zion Netanyahu, pai de Bibi, a lançar uma campanha exigindo a prisão do Mufti.

Um fato pouco conhecido é a relação especial que o Mufti tinha com um jovem parente dele no Cairo, tendo inclusive dado a ele seu nome Yassir Arafat. Em 1996, o jornal Haaretz entrevistou os irmãos de Arafat que disseram que o Mufti foi um mentor e pai adotivo do jovem Arafat.

O fracasso de mobilizar os árabes na Terra Santa numa guerra ativa contra Israel em 1948 levou o Mufti a induzir a Liga Árabe a criar a OLP em 1964. A Carta-Magna da Organização para a Libertação da Palestina era idêntica a da Liga Árabe inspirada por ele e o objetivo o mesmo: de exterminar o recém-criado estado de Israel.

Hoje, o novo currículo da Autoridade Palestina está imerso no legado do Mufti Haj Amin al-Husseini. Sua visão de uma Palestina livre de judeus é ensinada em todas as instituições educacionais da Autoridade junto com a necessidade de um conflito armado. Ambos se tornaram num ideal para os estudantes árabes.

Em 4 de janeiro de 2013, Mahmoud Abbas, elogiou profusamente o legado da Eminência Parda da OLP, o Mufti de Jerusalém, num discurso via vídeo link para as massas em Gaza, por ocasião do aniversário da fundação da OLP/Fatah.

Abbas elogiou o Mufti como um homem a ser copiado por todos os árabes.

Imaginem um líder dizendo hoje que Hitler é um homem a ser copiado!!!


A verdade nunca é retórica incendiária como entende Obama. O que Netanyahu disse foi importante para corrigir uma percepção errônea do papel que os árabes tiveram na Segunda Guerra e no seu envolvimento no Holocausto. Por razões políticas o Mufti foi simplesmente eliminado dos livros de história e de tudo o que tem a ver com o Holocausto. A verdade é que o Mufti era considerado um criminoso nazista mais importante que Eichmann, São seus sucessores e admiradores, incluindo Sr. Abbas e sua negação do holocausto, que têm que ser condenados pelo mundo por sua retórica inflamatória e mentirosa.

No comments:

Post a Comment