Sunday, January 3, 2016

Recebendo o 2016 - 3/1/2016

Infelizmente começamos o ano com mais violência no Oriente Médio além das ameaças já existentes na Europa e nos Estados Unidos. A França diminuiu as comemorações do Final de Ano restringindo-as a um show de luzes no Arco do Triunfo. A Belgica simplesmente cancelou os fogos anuais. Em Munique, na Alemanha, as estações centrais de trem e metrô foram fechadas com a ameaça de ataque por um homem-bomba. Aqui nos Estados Unidos, as cidades de Los Angeles, Miami e Nova Iorque redobraram a presença policial. Somente em Times Square tivemos 6 mil policiais revistando e patrulhando a praça para proteger o milhão de participantes que foram contar os minutos finais de 2015 e receber 2016.

Tudo isso cortesia do jihadismo islamico que continua a minar nossas liberdades e a ameaçar nosso modo de vida.

Com a retomada de Ramadi pelas forças iraquianas, e o encolhimento do território dominado pelo Estado Islâmico, deveriamos ver uma redução nestas ameaças. Mas não é isto o que está acontecendo. Os tentáculos do grupo ainda alcançam os mais impressionáveis ao redor do mundo para perpetrarem ataques.

Na véspera do Ano Novo, um rapaz de 25 anos de idade, Emanuel Lutchman, um convertido ao islamismo, foi preso e acusado de planejar um massacre num restaurante em sua cidade de Rochester em nome do Estado Islâmico. Segundo ele, seu plano era de matar o maior numero de pessoas possível com facas e pegar reféns. Conforme seu depoimento, ele queria tirar vidas em nome do grupo.

No Oriente Médio, no entanto, neste final de semana, tivemos a invasão da embaixada e de um consulado da Arábia Saudita no Irã. Os manifestantes colocaram fogo nos imóveis e destruíram o que puderam. Isto em protesto à execução em massa de 47 prisioneiros, inclusive um clérigo xiita famoso, Nimr al-Nimr, que liderou protestos por reformas e direitos iguais aos xiitas no reino saudita. A maioria dos 47 foi decapitada de acordo com a lei islâmica enquanto outros foram fuzilados. Nimr foi condenado por subversão, disobediencia e por portar uma arma.

Toda semana a Arábia Saudita executa prisioneiros por crimes como feitiçaria, apostasia e adultério. Estas, no entanto, de manifestantes xiitas podem sim incendiar ainda mais a região. Protestos no Iraque, em Bahrain, Yemen, Paquistão e até frente a embaixada saudita em Londres e outras capitais da Europa rapidamente se formaram. O governo iraniano já ameaçou dizendo que a familia real saudita pagará um preço alto pela morte do clerigo e a reinado respondeu chamando o Irã de irresponsável pela condenação.

Ban-Ki-Moon, secretario geral da ONU se disse simplesmente “chocado” com as execuções. Mas ninguém chamou por uma reunião de emergência do Conselho de Segurança ou qualquer coisa do tipo. Isto só acontece quando Israel está de algum modo envolvida.

Será muito interessante ver a reação do governo de Dilma. Alguém deveria perguntar se a posição do governo brasileiro é de apoio às execuções. Se for contra, então no mínimo ela deveria chamar o embaixador brasileiro de volta para “consultas”, como fez com o embaixador em Tel Aviv, durante a guerra de defesa que Israel teve que promover contra a agressão do Hamas em 2014.

Em Israel, na sexta-feira, um árabe israelense pegou a arma de seu pai, um policial árabe da força de Israel e calmamente atirou contra civis num bar. Seu ataque foi muito bem planejado apesar da familia dizer que ele tem disturbios mentais. Este terrorista já passou alguns anos em prisões israelenses por tentar roubar uma arma de um soldado em 2007. Dois jovens morreram, elevando o numero de mortos judeus nesta última onde de terror palestino para 27.  

Mas a mídia internacional esta manhã está em primeiro lugar focada nos ataques à embaixada saudita. Mas logo em seguida está Israel. Não sobre o ataque de sexta-feira que deixou dois mortos e vários feridos, ou o fato do terrorista ter fugido e as escolas e outros lugares públicos em Tel Aviv estarem sob pesada vigilancia. A notícia que ganhou as manchetes é o indiciamento de dois israelenses pelo ataque à familia árabe Dawabshe residentes na Cisjordânia.

Muitos ouvintes me enviaram emails para eu me manifestar sobre o que definiram como terrorismo judeu.

Para mim, não há diferença entre terrorismo árabe e judeu. Os dois devem ser punidos igualmente. Mas há sim diferença em como as comunidades recebem e aceitam estes ataques. Repetidamente, árabes, inclusive membros da knesset, chamam estes terroristas palestinos de mártires. Suas familias são recebidas como heróis e do ataque para frente, passam a receber salários de ministros pela Autoridade Palestina independentemente da crueldade dos assassinos, inclusive contra crianças. Diferentemente, em Israel, não há pessoa que não condene ataques contra civis inocentes. Inclusive a própria familia e rabinos dos perpetradores.

Estes irresponsáveis não são recebidos como heróis e suas familias devem gastar todos seus recursos com advogados e a vergonha os segue para sempre.

O terrorismo perpetrado por judeus deve ser condenado e punido severamente. Felizmente eles podem ser contados em uma mão. 

Gostaria de ter a esperança que o ano de 2016 trouxesse um pouco mais de razão e menos fanatismo ao mundo, mas pela amostra que já tivemos nestes dois primeiros dias, não parece ser este o caso.

De qualquer forma, gostaria de desejar a todos um bom ano, um ano de saúde, boas noticias, amor, sucesso e pelo menos paz de espírito se não for paz no mundo.




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