Sunday, April 10, 2016

A Podridão Que Reina na ONU - 10/4/2016

O comentário de hoje é dedicado à podridão que reina na ONU. Esta organização, que foi criada supostamente para prevenir e combater o mal, tornou-se ela própria uma entidade do mal, dominada por tiranias.
Só no mês passado, no dia 24 de março em Genebra, o Conselho de Direitos Humanos concluiu sua sessão anual aprovando nada menos que cinco resoluções condenando Israel. Mas estas foram somente as últimas de uma série de libelos de sangue acusando Israel, o único país democrático do Oriente Médio, uma região aonde impera o barbarismo, de ter uma política deliberada de assassinar crianças palestinas.
Em sua história, este Conselho de Direitos Humanos passou mais resoluções contra Israel que todas as resoluções condenando outros países juntas. E os países que passaram estas resoluções são eles próprios, os piores violadores de direitos humanos.
A Organização das Nações Unidas, inicialmente concebida pelas democracias ocidentais, junto com suas subsidiárias, tornou-se um órgão dominado por nações islâmicas, tiranias e estados párias que ao se juntarem à ela, procuram apenas legitimar suas políticas horrendas.
Entre seus órgãos está o Conselho de Direitos Humanos. É para este Conselho degenerado que a Arábia Saudita foi eleita no ano passado para ser presidente de um painel chave. Imagine a Arábia Saudita, um país aonde mulheres não podem dirigir ou sair na rua desacompanhadas de um homem de sua família e aonde todas as sextas-feiras há decapitações de pessoas acusadas de crimes absurdos como magia e feitiçaria.
Este Conselho consistentemente nomeou os relatores mais antissemitas e anti-Israel que puderam encontrar com o único propósito de demonizar o estado judeu e acusar seu exército de crimes de guerra. 
A mesma posição antissemita é também prevalente na Assembleia Geral e no Conselho de Segurança que demonizam, deslegitimam e atribuem todos os males do mundo a Israel, bem reminiscente da propaganda nazista e da Inquisição da Idade Média, aonde os judeus eram responsabilizados por todas as tragédias, incluindo a peste negra, terremotos, fogos e enchentes.
Os estados que hoje dominam a ONU promovem os Protocolos dos Sábios do Sião como verdade e o Mein Kampf como a solução de seus problemas.
Senão vejamos:
-        A Líbia de Muamar Qadafi e Qatar foram presidentes da Assembleia Geral;
-        O Irã foi vice-presidente;
-        O Presidente do Irã, Hassan Rouhani, um dos piores patrocinadores do terrorismo ao redor do mundo, usou a Assembleia Geral para “condenar o terror” intercalando seu discurso com menções virulentamente antissemitas;
-        O Irã, que apedreja mulheres suspeitas de adultério foi nomeado para liderar a Comissão da ONU sobre o status das mulheres;
-        A Síria de Bashar Assad foi eleita para a comissão da UNESCO que lida com direitos humanos e proliferação nuclear;
-        Em 2010, o Conselho de Direitos Humanos publicou um relatório elogiando a Líbia;
-        Um representante do Sudão, o presidente do qual está sendo procurado pela Corte Internacional de Justiça por genocídio, foi eleito vice-presidente do Conselho Social e Econômico, que regula direitos humanos;
-        A Coréia do Norte – sim, ouviram bem – a Coréia do Norte, foi eleita para presidir a Conferência sobre Desarmamento!
-        A Unesco continua a condenar Israel e somente uma vez condenou a Síria mas ainda assim, a Síria foi eleita para um de seus comitês de Direitos Humanos;
-        Em 2015 a Organização Mundial de Saúde teve a cara de pau de aprovar uma resolução apresentada pela Síria, por 104 votos contra 4 e 6 abstenções, condenando Israel por “alvejar a saúde de sírios nos Altos do Golan, injetando-os com vírus”. A OMS nunca, nunca em sua história, aprovou qualquer resolução condenando qualquer país. E como se tratava de Israel, ela não conduziu sequer uma investigação para verificar as alegações. Nenhuma palavra sobre as centenas de sírios tratados de graça em hospitais de Israel.
-        E nesta semana, foi publicado que o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários nos Territórios Ocupados da ONU, tem consistentemente manipulado os dados sobre as fatalidades e demolições de estruturas palestinas com o único propósito de demonizar Israel.
E há tantos outros exemplos desta ONU hipócrita, corrupta e maléfica.
Depois da derrota do nazismo, os fundadores das Nações Unidas endossaram a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Aquelas democracias nunca imaginaram que a organização que criaram iria ser dominada por ditaduras e tiranias que a explorariam para promover o mal, incluindo o endosso de genocídio.
Israel se tornou o canário da mina. Duas décadas após ter votado a criação do Estado de Israel, a ONU iniciou um esforço em conjunto para deslegitima-la. E de lá para cá, só piorou. Em 1990 o Conselho de Segurança se recusou a impedir o genocídio em Rwanda apesar de ter forças na área. Em 1995, em Srebrenica na Bosnia, a ONU entregou 8 mil civis muçulmanos refugiados em sua zona livre para serem todos massacrados pelos militares sérvios. Em 2003, a ONU não fez absolutamente nada para evitar o genocídio no Sudão e o mesmo aconteceu no Iraque e na Síria. Em vez disso, a ONU intensifica suas campanhas contra Israel. Dá para pensar para que serve esta organização que custa bilhões de dólares por ano.
O que é mais desprezível é que os Europeus, que inicialmente resistiram a alguns dos ataques mais escandalosos, reverteram ao seu papel dos anos 30 e se colocaram de lado enquanto as forças das trevas envolviam o povo judeu.
Eles jogaram fora qualquer bússola moral que temporariamente tiveram. Hoje os europeus raramente votam contra as resoluções anti-Israel mais extremas, preferindo se abster para não antagonizar suas crescentes populações muçulmanas e as tiranias que os acompanham na ONU.   Estes países Europeus se unem aos que exigem que Israel responda mais “proporcionalmente” a ataques de palestinos que querem matar seus civis.
Mas agora, foram mais além. Num mundo repleto de injustiças e violações de direitos humanos, os europeus estão preocupados em rotular produtos produzidos por judeus que moram além da linha de armistício de 1949.  Esta iniciativa precedeu a resolução do Conselho de Direitos Humanos de compilar uma lista de empresas que fazem negócios na Judeia e Samaria, uma extensão do desprezível movimento BDS.
O que poucos sabem é que esta é apenas uma parte da campanha para revogar a Resolução 242 da ONU que recomendou negociações com base em fronteiras defensáveis para Israel e substitui-la com a exigência de retorno às fronteiras indefensáveis de 1949 a não ser que Israel e os palestinos cheguem a um acordo. O que agora parece ser impossível. Neste contexto, as cidades judaicas da Judeia e Samaria, os bairros judaicos de Jerusalem do leste, norte e sul e até o bairro judaico da Cidade Velha de Jerusalem incluindo o Muro das Lamentações são considerados territórios ocupados.
Até hoje, o Conselho de Segurança não conseguiu aprovar esta resolução por causa do veto dos Estados Unidos. Mas o próprio Barak Obama está na vanguarda desta iniciativa, só não conseguindo leva-la à frente por não ter apoio do Congresso. Mas há uma crescente preocupação que ele o faça entre as eleições e sua saída do governo. Ele já deu indicações que quer ser o próximo secretário geral da ONU e nada como agradar os que dominam a organização para conseguir o cargo.

Estamos vendo a ONU intensificar sua campanha contra Israel. Os horrendos ataques do Estado Islâmico na Europa de modo algum impactaram a política europeia em relação ao estado judeu. E ninguém levanta sua voz. Os países democráticos deveriam lembrar das palavras de Dietrich Bonhoeffer, o teólogo alemão executado pelos nazistas. Ele disse que “o silêncio face ao mal, é por sí só o mal: D-us não nos considerará inocentes. Não falar é falar. Não agir é agir”.

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