Sunday, May 29, 2016

Obama o Embusteiro - 29/5/2016

Na semana passada, uns 300 homens e jovens muçulmanos do vilarejo de Al-Karm, no sul do Egito, arrancaram as roupas de uma mulher cristã de 70 anos, a espancaram, e a fizeram desfilar nua através das ruas. Eles também queimaram sete casas de cristãos depois de saqueá-las. Tudo isto por causa de um rumor infundado, segundo o qual, um cristão estaria tendo um relacionamento com uma mulher muçulmana. A polícia foi avisada pela Igreja das ameaças vários dias antes, mas não fez absolutamente nada. E quando a bagunça começou, a polícia deu amplo tempo para que os arruaceiros terminassem o trabalho.

Esta atrocidade aconteceu alguns dias antes do voo da Egyptair ter explodido no meio do Mediterrâneo. Foi o segundo voo da companhia a ser bombardeado por terroristas islâmicos nos últimos meses. Mas os islamistas ao redor do mundo continuam a ser protegidos pelo Ocidente.

Na semana que vem contaremos 16 anos da saída de Israel do sul do Líbano e da tomada da área pela Hezbollah, o rebento do Irã. Sete anos depois, a Hezbollah tomou o controle do governo libanês. Hoje além do governo, o Irã controla também o exército do Líbano.

Nestes 10 anos que passaram deste o fim da Segunda Guerra do Líbano, a esquerda de Israel se gaba que é por causa dela que há calma no norte, que ela manteve Israel segura ao recuperar seu poder de dissuasão e por isso a Hezbollah não atacará novamente. Mas desde 2006, a Hezbollah conseguiu reunir mais de 150 mil mísseis que hoje estão apontados para Israel, incluindo mísseis de precisão que podem alcançar o sul do país, todos armazenados nas casas de civis.

A Hezbollah não tem medo de condenações ou sanções. Ela sabe que pode depender do Ocidente. Se Israel tentar destruir seus mísseis e assim ferir ou matar civis no processo, o mundo a condenará e exigirá um cessar-fogo. Assim, é a Hezbollah que tem o poder de dissuasão contra Israel enquanto continua a acumular armas, munições e mísseis capazes de paralisar o país.

Ao comemorar estes 16 anos da saída do exército de Israel o canal da Hezbollah, As-Safir declarou que o grupo construiu dezenas de túneis que atravessam a fronteira para dentro de Israel. De acordo com eles, “a Hezbollah trabalha noite e dia observando, preparando e cavando túneis”.

Uma tática que a Hezbollah aprendeu com o Hamas, a tirania que governa Gaza. Em uma conferência recente da ONU em Istambul, o diretor-geral do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Dore Gold, disse que o Hamas desvia 95% do cimento importado destinado  para a reconstrução da Faixa, para construir túneis para renovar sua ofensiva contra Israel. Enquanto isso o estado judeu continua a ser condenado pela falta de casas, escolas e hospitais em Gaza.

Esta aliança entre o Ocidente e os exércitos jihadistas está cada vez mais forte. Se examinarmos a dinâmica social, política e demográfica da Europa o antissemitismo e anti-israelismo hoje expresso abertamente, não é resultado do comportamento de Israel mas do velho sentimento que retornou com toda força menos de 50 anos após o fim da Segunda Guerra. Esta semana, por exemplo, Israel foi novamente condenada pela Organização Mundial de Saúde da ONU. Esta é uma organização apolítica de profissionais da área de saúde que nunca condenou ou aprovou qualquer país. Mas com o apoio da Alemanha, França, Inglaterra e outros membros da União Européia, Israel foi condenada por práticas de crimes fictícios contra a saúde de palestinos e sírios!!!

Nada sobre a assistência a centenas de sírios e palestinos tratados em Israel gratuitamente, inclusive das famílias do Sr. Mahmoud Abbas e do Sr. Hannyiah com base humanitária. Nada sobre o uso do hospital Shifa pelo Hamas como comando central de suas operações contra Israel que o tornou um alvo militar ou do uso por Bashar Al-Assad de armas químicas sobre sua própria população.

Hoje, a Hezbollah, o Hamas e a Síria estão ainda mais acobertados pelo Ocidente e generosamente financiados pelo Irã cortesia do acordo negociado por Obama.

Este acordo nuclear que os Aiatolás obtiveram será estudado no futuro como o maior paradigma da arte da decepção. Nunca antes na história dos Estados Unidos, houve um inimigo que tão abertamente ameaçou sua segurança nacional e a de seus aliados, e que foi tão lindamente embalado pelo governo para parecer como um de seus mais novos amigos.

O acordo com o Irã não é um, mas dois acordos separados. A versão em inglês tem 159 páginas enquanto que a versão em persa tem mais de mil páginas. Estes acordos, apesar de nunca terem sido assinados carregam severas implicações de segurança nacional que afetarão não só a nós, mas as próximas gerações.

De acordo com eles, 150 bilhões de dólares serão liberados para o maior patrocinador do terrorismo islâmico ao redor do mundo. Um que quer impor a hegemonia xiita primeiro no Oriente Médio e depois no resto do mundo. E se os arquitetos deste acordo pensavam que o dano ficará limitado a Israel e às outras nações sunitas, ficarão surpresos. Hoje o Irã tem o maior e mais diverso arsenal de mísseis balísticos do Oriente Médio.

Por exemplo, nada no acordo proíbe o Irã de conduzir pesquisas espaciais. Então os aiatolás inventaram um programa destes para acobertar o desenvolvimento e testes de mísseis intercontinentais capazes de alcançar os Estados Unidos. Testes mais precisos são conduzidos na Coréia do Norte. Há anos que os iranianos estão trabalhando com a Coréia do Norte e 150 bilhões é exatamente o que o demente ditadorzinho coreano está precisando para se manter no poder como seu pai e seu avô.

Recentemente, os arquitetos deste acordo nuclear com o Irã tiveram a audácia de se gabarem de vender um Irã que não existe na realidade. O jornalista David Samuels do The New York Times fez o perfil de Ben Rhodes, o guru de Obama em política externa. O artigo demonstrou como a administração Obama “ativamente enganou” o público americano insistindo que o acordo nuclear havia sido resultado da eleição do “moderado” Hassan Rouhani em 2013. Uma mentira porque Samuels revelou em seu artigo que “a porção principal das negociações com o Irã começou em meados de 2012”.

É claro que eu e outros na época afirmamos que ninguém poderia nem mesmo se candidatar no Irã sem aprovação do regime e que Hassan Rouhani era só um rosto novo e sorridente, uma nova fachada atrás da qual se escondiam as ambições devastadoras da republica islâmica.

O que é mais chocante é como Rhodes se vangloria de sua habilidade de fazer tweeters e jornalistas novatos repetir seus pontos e empurrarem sua imagem fictícia do Irã, como um país mais moderado e suave, tudo para vender ao povo americano este acordo nefasto.

Esta Casa Branca esqueceu que uma política externa responsável não é baseada somente nas palavras de jornalistas ou no que gostaríamos que fosse, mas sobre a realidade.

Mas nesta semana, outra estória alarmante publicada pela Associated Press, detalhou como a Casa Branca usou um grupo pacifista - o Ploughshares Fund, para vender o acordo nuclear ao povo americano. No último ano, este fundo deu mais de $281 mil dólares para o Conselho Nacional Americano-Iraniano, que atuou no passado como agente do governo do Irã; e outros 100 mil dólares à Radio Publica Nacional, de esquerda, pela cobertura positiva do acordo. De acordo com a AP, vários outros grupos receberam mais de 700 mil dólares para promoverem esta agenda, incluindo a Universidade de Princeton que empregou o ex-diplomata iraniano e defensor do regime, Sayyed Hossein Mousavian para inculcar a doutrina xiita nas mentes dos jovens americanos.

Surpreendentemente, o maior recipiente deste fundo, no entanto, foi o grupo judaico de esquerda J Street, que recebeu nada menos que $575 mil dólares, para vender este acordo grosseiro e falso aos judeus americanos.

Uma coisa é interpretar erroneamente as intenções de outra nação. Outra, completamente diferente é o de cuidadosamente criar uma câmara de eco através de uma complicada teia de mentiras.   

Quando Barack Obama se candidatou à presidência dos Estados Unidos, ele escreveu um livro intitulado “A Audácia da Esperança”. Naquela época o povo, ludibriado pela ideia de mudança, se inebriava com palavra sua. Mas com sua segunda administração chegando ao fim e as mudanças terem sido para pior, entre outras, ele deveria mudar o título de seu livro para algo mais apropriado como "A Audácia da Impostura” ou a “Audácia da Mentira”. Ele foi sim e ficará na história como o maior embusteiro e impostor que a América já elegeu. Sua irresponsabilidade, arrogância e falta de visão serão o seu legado. Ele não será lembrado por assegurar a paz, mas por ter tornado possível o processo que irá destruir o mundo como o conhecemos.


Sunday, May 22, 2016

Porque Não Sou de Esquerda - 22/5/2016

Perguntam-me por que nos meus comentários semanais sou tão dura com a esquerda. Afinal, como diz meu amigo Everton, sarcasticamente, eles são os mais bonitos, inteligentes e, sobretudo os mais bonzinhos...

Pode parecer piada, mas muitos acreditam exatamente nisto. A esquerda tem compaixão, é defensora da justiça social, é a salvadora dos menos afortunados, o Robin Hood moderno que tira dos ricos para dar aos pobres. Ser conservador é não ter coração, é ser ganancioso, é querer explorar o próximo que não teve a mesma “sorte”. É isso o que as elites intelectuais de esquerda querem que o povo acredite. Mas a verdade é outra. Os movimentos de esquerda não são os justiceiros da sociedade, mas os promotores do sistema mais cruel e desumano já inventado pelo homem. Um sistema que algema as pessoas decentes através de seus sentimentos mais nobres e as leva aos poucos, à sua destruição.

Então vamos lá, o que prega a esquerda? Basicamente que o Estado, através de seus “burocratas e especialistas” sabe o que é melhor para todos e portanto, a sociedade deve lhe conferir a tarefa de gerenciar suas vidas. É o governo, portanto, que deve nos dizer como viver, que tipo de trabalho escolher, que tratamento médico a seguir, que tipo de educação dar aos filhos, quais os valores a defender, e assim por diante. E se fizermos isto, todas nossas necessidades serão supridas e teremos uma sociedade mais justa e “feliz”. Bonito, não? Pergunto: Qual foi a última vez que qualquer um de nós bateu na porta do governo e alguém respondeu? Se houve resposta, provavelmente foi de um funcionário de quinta categoria que disse que não era com ele. Ou não?

Mas ser de esquerda é ser moderno. A definição recente usada é “progressista”. Um que quer o “progresso”. Palavra bacana, que denota a autoestima que a esquerda tem de si. E a esquerda tem uma autoestima ilimitada. Tanto que fundaram aqui na América, o movimento da autoestima para promovê-la nas crianças. Algo nobre não é mesmo? Quem não quer que as crianças tenham autoestima? Pois é. Uma das coisas que este movimento prega é não ter mais ganhadores e perdedores nas escolas. Todos recebem medalhas por “participação”. A revista liberal The Atlantic publicou um artigo há alguns anos falando do efeito devastador que esta prática estava tendo na juventude americana. O resultado deste experimento foi que os que perderam os jogos, jogaram a medalha fora, pois para eles era um “lembrete” de sua perda. E os que ganharam sentiram-se desmoralizados, que treinaram duro para nada, pois ninguém reconheceu sua conquista. Imaginem colocar isto em prática na Olimpíada... Isto é a esquerda. Fazer-se admirar sem fazer nada para merecê-lo.

Hoje é preciso ganhar a batalha moral contra estes movimentos de esquerda. Há alguns anos, quando uma pessoa passava aperto, poderia recorrer às igrejas, instituições de caridade e de assistência. Os Estados Unidos tinha o maior número de instituições de assistência do mundo. O Estado, especialmente sob Obama, as obliterou. As associações católicas são um exemplo. Uma de suas maiores contribuições era no campo da adoção. Adolescentes grávidas sabiam que podiam confiar que seu bebê encontraria um bom lar através das freiras. Hoje elas estão proibidas de fazer este trabalho, e sabem por quê? Por que elas ousaram limitar os recipientes a casais formados por um homem e uma mulher devidamente casados perante a lei. Elas ousaram acreditar que um casal heterossexual seja a melhor chance que a criança terá de crescer num ambiente estável e ter um futuro feliz. Para o Estado hoje, é inaceitável, é intolerante excluir casais gays e mães e pais solteiros. Assim, o Estado prefere que milhares de crianças caiam no sistema de casas temporárias, em orfanatos e outras coisas piores em nome do politicamente correto! Ah mas a esquerda conseguiu defender os direitos da minoria gay! As crianças que se danem...

E em quanto mais áreas o Estado se envolve, mais ele incha. E quanto mais incha, mais impostos ele cobra para poder se sustentar. O grande problema da esquerda é o tamanho do Estado. O presidente americano Ronald Reagan disse que o Estado não é a solução, ele é o problema. Ele tinha razão. O pensador Dennis Prager, adicionou dizendo que quanto maior for o Estado, menor será o cidadão.

O socialismo é um experimento europeu que hoje está se despedaçando. Os países mais socialistas do bloco, e com isto quero dizer com mais programas sociais, como a Grécia, Portugal, Irlanda, Itália, estão falidos. Outros como a França, a Bélgica, estão a caminho.

Estados conservadores tendem a ser enxutos e assegurar as liberdades do cidadão. Isto não quer dizer que não tenham programas sociais, mas eles são limitados. Seu propósito é o de temporariamente ajudar o desempregado, o que ficou incapacitado até a situação melhorar. O seguro desemprego nos Estados Unidos, por exemplo, é de um ano e a pessoa tem que se apresentar a cada mês para mostrar que está ativamente procurando emprego.

A grande diferença com a esquerda, é que pessoas conservadoras medem seus valores pelos resultados reais que eles trazem, não por aquilo que soa bonito.

E ao falar em Dennis Prager, vou listar aqui 10 deficiências das políticas de esquerda no caráter da sociedade apontadas por ele, com a minha explicação:

1.       Quanto maior o governo, menos uma pessoa faz pela outra. Antigamente, as pessoas cuidavam de seus pais, de outros membros da família e ajudavam os vizinhos e amigos. Hoje, na Europa, uma pessoa não pode manter os pais idosos em casa tantos são os regulamentos. O europeu foi ensinado que o Estado irá cuidar de todos então para quê se incomodar. Coloque seus pais num asilo do Estado.

2.       A assistência social é um esquema fraudulento (um esquema ponzi). As pessoas hoje pagam os benefícios de outras que deveriam ter pagado anteriormente, mas não entra dinheiro suficiente então o sistema entra em colapso. Conhecemos bem isto. Um sistema que tem boas intenções mas acaba destruindo tudo.

3.       Os cidadãos de estados socialistas se tornam narcisistas. É só ler os jornais e ver que a preocupação dos europeus não é em salvar vidas, em trazer desenvolvimento a países da África ou eliminar a pobreza. 27 mil americanos morreram para impedir que a Coreia do Sul caísse nas mãos do ditador da Coreia do Norte. Quantos europeus morreram? Nenhum. Sabem qual é a sua maior preocupação?? As férias! Nesta semana que passou, apesar do corrente estado de emergência declarado na França após os recentes atentados terroristas em Paris, milhares de franceses saíram às ruas e protestaram violentamente contra a reforma trabalhista que reduziria seus dois meses de férias anuais!!!

4.       O Estado de Assistência faz o cidadão desprezar o trabalho. Na Alemanha, por exemplo, se você tem uma loja e gostaria de ficar aberto uma hora a mais para atender seus clientes, você não pode porque não é justo você ganhar mais do que o outro que fecha mais cedo. Até a procriação é desprezada pela esquerda porque ter uma família grande dá muito trabalho. Quem tem famílias grandes? Só os religiosos. Os mórmons, os católicos, os judeus ortodoxos. Alguém viu algum casal de professores de sociologia ou filosofia da USP com nove filhos?

5.       Nada garante mais a erosão de caráter do que conseguir algo pelo qual você não trabalhou. Para a esquerda o importante é a igualdade mas não a dignidade. A Bíblia, por exemplo, ensina que cada israelita tinha que pagar meio shekel. O mais rico pagava o mesmo que o mais pobre. Isto dava dignidade à todos. Estas bolsas aqui e alí são humilhantes ao cidadão que se torna um mendigo do Estado.

6.       Quanto maior o governo maior a corrupção. Preciso explicar? O governo sabe tudo, controla tudo e isto o leva à arrogância e ao despotismo. Sabem quem cometeu os maiores crimes da humanidade? Grandes governos de esquerda. Stalin, Mao, Pol Pot e também Hitler, líder do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores da Alemanha, que sempre foi um partido de esquerda. 

7.       O Estado de esquerda corrompe a unidade da família. Mulheres hoje não precisam mais casar para ter filhos. O Estado promete sustenta-las e quanto mais filhos tiverem mais ajuda receberão. Isto acaba com a família e os valores que ela passa. Outra é a ideia louca que o governo sabe o melhor modo de educar os filhos. Aí eles incluem educação sexual no Jardim de Infância e os que reclamam são rotulados de fascistas intolerantes e retrógrados (o contrário dos “progressistas”).

8.       O Estado inibe o amadurecimento dos jovens em adultos responsáveis. A esquerda precisa criar um ambiente de dependência do cidadão ao Estado. Ele oferece coisas de graça até aos que não precisam. Quando Obama anunciou que filhos poderiam ficar nas apólices de saúde dos pais até a idade de 26 anos, foi aplaudido como estrela de rock. No passado, aos 21 anos os jovens queriam ser independentes, estarem empregados, terem seu próprio dinheiro. Como é que de repente ser dependente tornou-se algo positivo?

9.       Como resultado dos infinitos programas sociais, as sociedades de esquerda não tem orçamento para suas forças armadas. Os europeus, não só negam que o mal existe e trata os ataques terroristas como casos de polícia, mas dizem abertamente que caso precisem, eles sabem que os Estados Unidos virão defende-los como o fizeram nas últimas duas grandes guerras.  Eles não querem reconhecer e nem pensar que no mundo há agentes do mal que querem eliminá-los e é preciso estar preparado. Os socialistas querem batalhar as emissões de carbono e o aquecimento global! É tão mais sexy!

10.     Para a esquerda a grande divisão do mundo não está entre o bem e o mal, mas entre os ricos e os pobres. E assim, a igualdade passa por cima da moralidade. Por exemplo, a ONU coloca os Estados Unidos no mesmo nível de Cuba na área de saúde. Isto porque para a esquerda, o fato de Cuba tratar todos – menos a elite governante – com o mesmo péssimo nível de saúde – é algo positivo. Há igualdade. É melhor que todos tenham um péssimo serviço do que, como os Estados Unidos, alguns tenham um ótimo atendimento de saúde e outros tenham menos. É o nivelamento por baixo. Por que ativistas de esquerda correm para dar apoio a Cuba, à Venezuela? Eles querem ver a igualdade se sobrepujar a qualquer outro valor moral, a qualquer liberdade. E por isso não condenam a falta de liberdade de expressão, de congregação, de imprensa e todas as outras liberdades que são esmagadas nestes países.

E para concluir, é a esquerda que corrompe a verdade para impor sua agenda. Eles usam argumentos absurdos para as minorias se sentirem bem em detrimento da maioria. O Estado da Carolina do Norte está para perder o subsidio federal porque não quer aceitar a nova lei que estudantes de escola, adolescentes transgender - que são de um sexo mas se sentem do outro - possam usar os banheiros e chuveiros do sexo com o qual se identificam. Imaginem um Bruce Jenner (hoje Caitlyn Jenner), que foi campeão olímpico do decatlo em 1976, poder tomar banho ao lado de sua filha porque ele sempre se sentiu mulher!

Há uma diretiva da secretaria de educação dos Estados Unidos, para inserir nos textos escolares a contribuição da comunidade LGBTQ na história do país. Quer dizer, estes burocratas agora têm que encontrar algum herói americano famoso que se vestia de mulher ou vice-versa, ou um bissexual, gay, lésbica ou um que questionava sua sexualidade (como se nos séculos passados esta informação era algo de domínio público como o é hoje) para cumprir esta diretiva. E não se enganem. Se não encontrarem ninguém, a esquerda inventará um. Ela não tem qualquer problema em reescrever ou contaminar a história.

Há centenas de outros exemplos. Eu acredito em liberdade, em trabalhar duro e ser recompensada por este trabalho. Qualquer coisa menos do que isto seria humilhante. Acredito também num governo enxuto e em impostos justos que não estrangulem a iniciativa privada. Acredito especialmente na desigualdade. Dadas as mesmas oportunidades, teremos sempre, necessariamente, resultados diferentes, porque as pessoas são diferentes. A desigualdade é o que incentiva o indivíduo a se ultrapassar. O Estado deve somente garantir que todos tenham uma boa educação, transporte, segurança e liberdade para trabalhar, criar, e educar seus filhos com seus valores. Acredito que a maioria das pessoas estão de acordo. Cabe a nós reconhecer onde estão as mentiras, não cairmos no jogo dos movimentos esquerda, e ganharmos esta batalha moral.



Sunday, May 15, 2016

Mais Uma Iniciativa Fracassada - 15/5/2016

Depois do ministro das relações exteriores da Bélgica, foi a vez do ministro das relações exteriores da França Jean-Marc Ayrault que chegou a Israel ontem para atualizar o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o presidente da Autoridade Palestina sobre iniciativa de paz que seu país pretende lançar ao final deste mês.

A novidade é que neste encontro com outros 20 países, nem Israel nem os palestinos estão convidados a participar. O absurdo é que tanto os franceses como a mídia, chama esta farsa de “conferência de paz” quando se trata na verdade de mais um esforço para condenar Israel. E como sabemos isto? Porque os franceses já avisaram que ao seu final, que deve ocorrer em novembro, se um acordo não for assinado, a França irá reconhecer o estado da Palestina e ponto.

A França está com pouca credibilidade em Israel. Depois da forte crítica de Netanyahu e da comunidade judaica francesa ao presidente François Hollande por seu voto na UNESCO eliminando a ligação do judaísmo com o Monte do Templo e Jerusalem, Hollande retrucou fracamente que foi um mal-entendido que não deverá se repetir. Mas que a França quer sinceramente a paz na região.

Israel, não está muito interessada nesta iniciativa porque ela entra num jogo com cartas marcadas e os palestinos sabem que se não fizerem nada, serão reconhecidos sem fazer qualquer concessão. E só para esclarecer, a “Palestina” que a França promete reconhecer inclui terra controlada por Israel e sobre a qual ela tem um direito real de soberania.

Para engrossar o bando do linchamento, o Presidente Barack Obama pretende usar o Quarteto – que além dos Estados Unidos inclui a ONU, a Rússia e a União Europeia – para coordenar as condenações que devem incluir a negação de qualquer direito de judeus a Jerusalem, Judeia e Samaria. A mera presença de um judeu que respira além das linhas de armistício de 1949 para o Quarteto, é ilegal e uma ameaça à paz mundial.

O Quarteto também irá brutalizar Israel por destruir construções árabes ilegais pagas pela União Europeia, na Judeia, Samaria e Jerusalem. Esta prática europeia de construir esqueletos de prédios especialmente ao redor de Jerusalem tem como objetivo subverter a soberania de Israel sobre a cidade e enfraquecer a atuação do exército.

É neste pano de fundo que o mundo espera ressuscitar o fraudulento “Processo de Paz” assassinado pelos palestinos há 16 anos. E como sempre, a esquerda de Israel agora está insistindo para que Bibi aja. E a ação que eles querem é o anuncio de uma iniciativa para evacuar os judeus da Judeia e Samaria ou na alternativa, proibir judeus de exercerem seu direito à propriedade nestas áreas e em Jerusalem.

Sua racionalização é que se Israel fizer isto, a comunidade internacional tirará a pressão sobre o estado judeu. Eles verão que Israel quer seriamente fazer a paz. E eles podem até chegar a entender que a razão pela qual não há paz é por causa da rejeição dos palestinos ao direito de Israel de existir.

Esta lógica ilógica não é só errada, ela é contraproducente.

Israel está hoje na mesma posição em que se encontrava há 16 anos quando Yasser Arafat rejeitou a oferta de um estado e paz feita por Ehud Barak que incluía toda Gaza, 92% da Judeia e Samaria e metade de Jerusalem. Seguida à recusa, Arafat, o prêmio Nobel da Paz, lançou uma das maiores guerras de terror da curta história de Israel, sob a bandeira do Jihad. Surpreendentemente, a reação do mundo não foi de condenar Arafat, mas de castigar Israel porque não havia feito uma oferta suficientemente generosa.

Em 2003, baixo a pressão dos Estados Unidos, o então primeiro ministro Ariel Sharon ouviu seus brilhantes assessores de esquerda que avisaram que Israel se encontraria isolada se não tomasse a iniciativa. O recém-formado Quarteto, apresentara o documento mais anti-Israel até então, o chamado de Mapa da Rota. Sharon então anunciou a retirada de Gaza e do norte da Samaria removendo à força 10 mil residentes de suas casas, chácaras e comunidades e evacuando os soldados da fronteira entre Gaza e o Egito.

Sharon esperava que a comunidade internacional ficasse impressionada com suas ações. Ele afirmou na época que os burocratas europeus e americanos iriam finalmente admitir que o problema estava com os palestinos e não com Israel.

Mas não foi isso o que aconteceu. Depois de demonizarem os agricultores de Gaza que deixaram para trás suas plantações e seus meios de sustento, a comunidade internacional e a mídia decidiram que apesar desta iniciativa radical, Israel ainda “ocupava” Gaza. E assim, os americanos, franceses, a ONU, os russos, a União Europeia, a BBC e a CNN determinaram que Israel era responsável por alimentar, fornecer energia e tratamento médico de graça e todo o material de construção para que os terroristas de Gaza pudessem continuar a escavar seus túneis e fabricar seus mísseis.

Esquecendo ou desconsiderando esta experiência que já provocou guerras mais ou menos a cada dois anos, os sábios homens da esquerda querem que Netanyahu siga os passos errados de Sharon. Isto é insano.

Ao oferecer mais terras, Israel só irá reforçar a visão falsa de que há algo legal ou moralmente errado com seu controle sobre sua capital e suas áreas históricas. Só para lembrar, os judeus são originários da Judéia e da Samaria. Este é o fundo da questão.

E a esquerda com sua análise superficial não se cansa de procurar supostas soluções com consequências nefastas.

O que Israel deve fazer é não participar deste jogo. Mas concordo que ela talvez tenha que tomar a iniciativa. Uma iniciativa de aquisição e não de auto-destruição. Baseada sobre seus direitos atuais e não erros mitológicos.

Assim, Israel deveria anunciar que dada a rejeição dos palestinos do processo de paz e dada a ausência de apoio do povo palestino a um acordo negociado com base no mútuo reconhecimento do direito do outro de existir em paz, Israel irá começar um processo gradual de aplicação da lei de Israel em áreas da Judeia e Samaria, começando pela chamada área C que está sob jurisdição de Israel.

Sabemos que esta iniciativa será condenada universalmente pela comunidade internacional e a mídia. Mas pelo menos irá mudar a narrativa. Isto também mandará uma mensagem que Israel está farta de ser empurrada para o canto.

Na semana passada marcamos 100 anos do acordo Sykes-Picot que desastrosamente dividiu o Oriente Médio no meio da Primeira Grande Guerra. A França e o Império Britânico, com o consentimento da Rússia, traçaram linhas num mapa colocando marionetes como reis em países que criaram e dominaram. A situação da região hoje deveria lhes ser uma lição, que soluções impostas nunca são boas ou duradoras. Mas como sabemos, a memória de políticos é curta. Cabe a Israel dar um inequívoco basta. Quando os palestinos estiverem cheios da ocupação, eles sabem o número do governo de Israel. Deixemos que eles liguem para variar.


Sunday, May 8, 2016

Lembrando Outra Vez o Holocausto - 8/5/2016

Em março deste ano, no interior do estado do Mississipi, um dos mais pobres dos Estados Unidos, foi inaugurado o Parque de Lembrança das Crianças Desconhecidas do Holocausto. Esta iniciativa começou quando professoras de história se deram conta em 2009 que a maioria de seus estudantes nunca havia ouvido sobre o Holocausto ou que crianças como eles haviam sido mortas. Elas tiveram então a ideia de coletar um centavo para lembrar cada uma destas crianças perdidas. O resultado, 1.5 milhão de centavos de dólares, totalizou quatro toneladas. Ao olhar para a magnitude daquela montanha e se dar conta que cada uma daquelas pequenas moedas representava uma vida perdida foi chocante. Emudecedor.

Todo ano esta é uma época de transtorno para mim. Uma parte da minha própria família que vivia na Grécia pereceu nos campos de concentração. Eu nunca os conheci e mal sei seus nomes ou sua história, ou como viviam. Mas sei como morreram.

Junto com eles, 1.5 milhão de crianças, assassinadas por terem nascido de pais judeus. Morreram porque seus pais acreditavam em Abraão, Isaac e Jacó. E no Rei Davi e no Rei Salomão. E porque ansiavam pela vinda do Messias e pela reconstrução de Jerusalem.

Quem visita Yad Vashem, ou os museus do Holocausto mundo afora, não pode não ter seu estômago revirado. Para mim, a cena mais revoltante foi uma foto de crianças pequenas enforcadas. A explicação abaixo dizia que às vezes os nazistas lhes davam morfina para evitar que chorassem ou se debatessem demais. Esta é a imagem que ficará para sempre impressa na minha memória.

O que levou um país como a Alemanha, um país desenvolvido, culto, que nos deu Kant, Nietsche, Schopenhauer, Bach, Beethoven, Handel, Mozart e tantos outros, a trazer para a terra o inferno de Dante?

A explicação é brutalmente simples: o incitamento. Primeiro foram alguns discursos antissemitas do prefeito de Viena, Karl Lueger, colocando a culpa das dificuldades econômicas antes da Primeira Grande Guerra, nos judeus. Estes discursos inspiraram Adolf Hitler e ele escreveu Mein Kampf. Seu sucesso foi ter entendido que ele precisava inspirar a juventude.  E nada como culpar uma conspiração do povo mais odiado do mundo por seus males.

Uma de suas famosas citações foi “se você contar uma mentira grande o suficiente e repeti-la frequentemente, ela será acreditada”. Outra, “nunca perguntarão ao vencedor se ele disse a verdade” e que “a verdade não importa, somente a vitória”.

Seu antissemitismo contaminou o mundo. Hitler foi escolhido a “Pessoa do Ano” pela revista americana Time em 1938. Dizer que ninguém sabia de suas intenções ou do que iria acontecer, é uma destas mentiras.  Já em 1933, antes de se tornar famoso escrevendo livros de crianças, o Doutor Seuss que trabalhava como cartunista, soava o alarme, desbancando a narrativa americana que diz que desconhecia o barbarismo que estava ocorrendo na Europa.

Se alguém ainda pensa que o mundo aprendeu com as lições do passado está errado. No meio da noite do dia da lembrança do Holocausto, aviões de Assad e provavelmente russos alvejaram um acampamento de refugiados sírios na fronteira com a Turquia. A vasta maioria das pessoas que dormia em frágeis tendas eram mulheres e crianças que fugiram do conflito. As imagens que invadiram a mídia social foram devastadoras. Mais de 30 mortos. E ninguém ouviu qualquer condenação. O sub-secretário geral de Assuntos Humanitários da ONU, pediu que se abrisse uma investigação. Não o secretário geral da organização. Um burocrata de quinto nível!!!

Alguém pode ainda acreditar que a ONU ou qualquer país do mundo se mexa para evitar o próximo massacre? Alguém pode confiar em qualquer potência que promete garantir sua segurança ou sobre proteger sua existência?? Acho que não. Ou melhor, pergunto: quando foi que a ONU ou outro país qualquer impediu o massacre iminente de uma minoria?  Nunca! Eles são bons para marcar os dias de lembrança, os memoriais para as vítimas e as cerimônias para mostrar sua solidariedade hipócrita e fazer promessas vazias.

O mesmo incitamento das décadas de 20, 30 e 40 está sendo usado hoje e o mundo novamente está engolindo as mentiras.

Considerações econômicas fizeram os principais líderes ignorarem as declarações do Irã de apagar Israel do mapa. Mein Kampf e os Protocolos dos Sábios do Sião são os únicos best-sellers do mundo árabe e se tornaram pano de fundo para as horríveis mentiras sobre o povo judeu. Mentiras que começaram com a negação do Holocausto! Fico boba de ver acadêmicos, políticos e líderes do mundo afora negarem ou minimizarem o Holocausto. A tese de doutorado de Mahmoud Abbas – nosso “parceiro da paz”- na Universidade Patrice Lumumba de Moscow foi sobre o “mito” criado pelos sionistas dos 6 milhões de judeus mortos. Nossa sorte é que os alemães eram ultra meticulosos e registraram cada um que matavam.

Ninguém pergunta, se o Holocausto não tivesse realmente ocorrido porque nenhum dos acusados em Nuremberg levantou esta defesa? Alguém é acusado por chacinar uma família. E um suspeito é preso. Só que a família aparece viva. Não é esta a primeira defesa do suspeito dizer que a chacina nunca ocorreu? Houveram uns 200 réus julgados em Nuremberg e outros 1.600 julgados por canais tradicionais de justiça militar. Nenhum deles – nem um - em sua defesa, disse que o Holocausto não ocorreu.

Hoje, israelenses são acusados de tentar esterilizar os palestinos, de injetá-los com vírus da AIDS, de envenenar a água para Gaza, de alvejar propositalmente crianças palestinas - e outras pérolas. Na esteira destas mentiras temos iniciativas como as da UNESCO, no mês passado, para erradicar qualquer vínculo dos judeus e de Israel com Jerusalem, o Templo de Salomão e o Muro das Lamentações. 33 países votaram a favor desta resolução absurda, incluindo a França, a Suécia, a Espanha, a Rússia, a Eslovênia, além da China, Índia, México e o nosso Brasil.

No meio tempo, tivemos membros do parlamento inglês, oficiais sêniores da Suécia, formadores de opinião na França, todos vomitando seu antissemitismo fantasiado de anti-sionismo.

Esta nova onda de ódio chegou a criar alianças estranhas. As elites europeias – que supostamente representam a razão e o progresso – se uniram aos piores bárbaros da terra, aqueles que executam gays, apedrejam mulheres, decepam mãos e cabeças e destroem milenares tesouros culturais. As mesmas elites que acenam a cabeça em concordância quando esta raspa da humanidade chama os judeus de descendentes de porcos e macacos.

Netanyahu nesta semana convidou os oficiais da ONU a participarem em um seminário sobre a histórica ligação do povo judeu com a Terra de Israel e Jerusalem. O enviado especial da ONU, Nickolay Mladenov foi rápido em recusar o convite. Ele disse que “os oficiais da ONU conhecem muito bem a história da região, seu povo e as religiões”.

Netanyahu disse que o seminário irá acontecer e que ele estará presente. E que se os oficiais da ONU não vierem isto será mais do que esclarecedor, pois “a verdade não deve ser controversa, a negação da verdade deveria ser controversa”.

O famoso sobrevivente do Holocausto e ganhador do Premio Nobel Elie Wiesel disse uma vez, “porque eu lembro, eu me desespero. E porque eu lembro, tenho o dever de rejeitar o desespero!”.

Mas como lidar com o ódio milenar que está de volta com toda a força na Europa? Inclusive em países que lutaram ferozmente contra Hitler, como a Inglaterra? 70 anos atrás, estes mesmos países juraram “Nunca Mais”. Hoje eles fecham os olhos para cada pronunciamento venenoso e incitamento daqueles que voltaram a culpar os judeus e Israel por seus males.

80 anos atrás o Estado de Israel era apenas um sonho, uma fantasia para os judeus. O que eles não teriam dado para fazerem parte deste país!

Hoje, os judeus estão vivendo este sonho. Um país em que são livres para eles e seus filhos continuarem a acreditar em Abraão, Isaac e Jacó, e no Rei David e no Rei Salomão, no Messias e na Reconstrução de Jerusalem. E nas promessas de seus profetas. Este sonho tem apenas 68 anos, mas tem também 3 mil anos de história e 2 mil anos de exílio e de esperança.


A paz que todo o mundo diz ansiar no Oriente Médio só pode acontecer com respeito e compreensão. A ONU e a maioria de seus membros se recusam a mostrar respeito pela História, ou compreensão para com o povo judeu. Todos têm direito à sua opinião mas não aos seus  fatos. Fatos que a ONU e seus membros não se cansam de distorcer em prol de palestinos que nunca foram um povo, nunca tiveram um estado e sua única contribuição ao mundo foi o terrorismo institucionalizado. Isto me faz lembrar as palavras dos nossos sábios que disseram: aquele que tem piedade do cruel será cruel com o piedoso. É o que infelizmente está acontecendo hoje e com a complacência de todos.

Sunday, May 1, 2016

Estes Velhos Hábitos Que Não Morrem Ponto 2 - 1/5/2016

Aonde nos voltamos hoje políticos, líderes de organizações e acadêmicos sentem-se livres para expressar seu antissemitismo. Eles sabem que em nossos dias, o apoio de seus pares será muito maior do que as fracas vozes que poderão eventualmente apontar para velhos preconceitos.

Alguns são esperados, como o representante da Autoridade Palestina na ONU acusar Israel de nazista por chamar esfaqueadores palestinos de terroristas. Cocei a cabeça o dia inteiro e não consegui entender o porquê do ultraje. Se estes esfaqueadores não querem instigar terror nos israelenses, qual é o seu propósito então?

Ou ainda, a mais recente pérola do partido trabalhista inglês de David Cameron. O membro do parlamento Naz Shah (e pelo nome dá para imaginar sua origem étnica), foi suspensa por sugerir como “solução”, a transferência ou transporte de Israel para os Estados Unidos.  Ela se desculpou. O ex-prefeito de Londres Ken Livingstone, por seu lado, ao tentar defende-la, disse nada menos que em realidade Hitler era sionista na década de 30. 16 vezes ele recusou se desculpar em sua entrevista à LBC. 

Entre os acadêmicos, ataques contra Israel são simplesmente críticas razoáveis - e qualquer alusão a antissemitismo se torna uma tentativa de censurar uma discussão legítima. Eles aceitam como fato irrefutável que os ataques virulentos de palestinos a israelenses são resultantes da ocupação de 1967 e que um retorno às linhas indefensáveis de armistício de 1948 traria um fim à demonização.

Mas a linha entre crítica razoável e uma hostilidade obsessiva é frequentemente borrada quando se trata de Israel. Termos invariavelmente usados incluem “crimes de Guerra”, “apartheid”, “racismo”, “discriminação”. Teses abundam incluindo uma em que o exército de Israel é acusado de um tal racismo que os soldados nem se dignam a estuprar mulheres árabes. É o único exército que esta prática é inexistente e isso para os críticos é prova de racismo (??!!!).

Neste mês um estudante da prestigiosa faculdade de Direito de Harvard - nada menos que Harvard, perguntou a Tzipi Livni, membro da Knesset de Israel, porque, como judia, ela “fedia tanto”.  O nível de Harvard realmente desceu muito se isto for considerado “crítica razoável”.

Este fenômeno tornou-se até tópico de uma conferência patrocinada pela Universidade de Indiana em Bloomington que reuniu 70 intelectuais de 16 países para discuti-lo em várias perspectivas.

A questão central do encontro foi debater se a demonização e guerra política contra Israel, incluindo o movimento BDS é algo isolado ou pode ser comparado a outras formas de ódio. O consenso geral dos participantes foi que a hostilidade para com Israel, particularmente entre Europeus e outros países ocidentais que não têm qualquer envolvimento direto no conflito árabe-israelense, não tem qualquer paralelo. Como o finado professor Robert Wistrich disse, o “denominador comum do novo antisionismo é o esforço sistemático de criminalizar Israel e os judeus, colocando a sua conduta além do que é aceitável pela nossa civilização”.

Enquanto o velho antissemitismo ataca os judeus como indivíduos, o novo antissemitismo ataca a identidade judaica coletiva, especialmente sua personificação: Israel. É um mau hábito que não morre.

E parte deste esforço está sendo liderado pela própria Organização das Nações Unidas. O voto da UNESCO no começo deste mês eliminando completamente qualquer ligação do povo judeu com Jerusalém, com o Monte do Templo e até o Muro das Lamentações, declarando estes como locais sagrados apenas aos muçulmanos, é apenas um exemplo. E o que é mais escandaloso é que alguns dos países que votaram a favor desta absurda resolução, se gabam de cooperar com Israel em tecnologia, medicina e agricultura como a China, a Índia, a Rússia, a França e o Vietnã.

E da ONU, o vilipêndio de Israel e dos judeus se dissemina para as lideranças políticas, para a mídia, para o mundo acadêmico e aos universitários. E especialmente no ocidente, o antisionismo é justificado com linguagem envolvendo Direitos Humanos e Direito Internacional por supostos “peritos” da ONU que dão a este processo sujo, um semblante de legitimidade.

Esta retórica vem sendo imposta pela esquerda de modo visceral. Aqueles que se dizem campeões da livre expressão são os primeiros a tentar aboli-la quando não os convém. Vários ministros e parlamentares de Israel, ao falarem a audiências americanas foram ameaçados, calados aos gritos ou simplesmente desconvidados. É o que temos quando a democradura da esquerda arrogante está no comando.

E Barack Obama é um de seus mais estelares representantes. Em sua recente visita ao Reino Unido, Obama defendeu sua intrusão na política local ao publicar um artigo marretando os que advogam a saída da Inglaterra da União Europeia ou o Brexit. Os dois lados do debate ficaram ofendidos por ele ter se metido em um assunto que é interno da Inglaterra.

Em sua defesa, Obama sugeriu que numa democracia, amigos podem expressar livremente suas opiniões, mesmo quando visitando um outro país: “se um de nossos melhores amigos faz parte de uma organização que eleva seu poder e sua economia, então eu quero que ele continue a fazer parte dela. Ou pelo menos, eu quero poder dizer que eu acho que isso os faz jogadores mais importantes”. Mas não só Obama se sentiu no direito de dar um conselho sem ser solicitado, mas ele também fez uma ameaça velada. Ele disse que caso saísse da União Europeia, o Reino Unido “iria para o fim da fila nos acordos comerciais” com os Estados Unidos.

O Presidente Obama deve ter uma memória verdadeiramente curta. Os leitores não devem ter esquecido seu transtorno, sua reação visceral, e como respondeu quando o representante de um país amigo, o primeiro ministro Benjamin Netanyahu, expressou sua opinião sobre seu acordo com o Irã.

Sim, há diferenças: primeiro, é a própria existência de Israel que está em jogo no caso do acordo com o Irã o que não é o caso da Inglaterra se ficar ou deixar a União Europeia. E ainda, a oposição de Benjamin Netanyahu ao acordo representava e continua a representar a maioria da opinião dos Americanos, enquanto sobre a Inglaterra eles não têm qualquer opinião sobre o assunto.

Então qual é senhor presidente Obama? Amigos podem ou não falar o que pensam sobre matérias controversas quando se encontram em outros países, ou devem calar-se e não expressar suas opiniões? Ou sua resposta é que eles podem falar quando concordarem com seus amigos, mas não quando discordarem? Até que ponto vamos restringir o debate? Se amigos podem falar livremente o que pensam, isto deveria ser ainda mais válido quando discordam, ou não?

Alguém uma vez escreveu que a “hipocrisia é a homenagem que o vício paga para a virtude”. É também a moeda usada por diplomatas e políticos. Mas não a torna algo correto.

Este Presidente deve ao povo Americano e a Benjamin Netanyahu uma explicação por sua hipocrisia e inconsistência. Que haja somente uma lei sobre todos os amigos: não uma para com os quais você concorda e outra para com os que você discorda. 

Melhor ainda seria ter um diálogo aberto entre amigos sobre todas as questões de importância mútua. De acordo com esta regra então, o presidente Obama deveria ter recebido Netanyahu de braços abertos e ter participado de sua sessão perante o Congresso em vez de condená-lo e virar-lhe as costas. Ele deve sim desculpas a Netanyahu e também os membros democratas do Congresso que rudemente boicotaram seu apaixonado apelo pela sobrevivência de sua nação.


Mas para Obama, como para o resto desta esquerda retardada, direitos de expressão, direitos humanos, direitos de defesa, são de todos - desde que não sejam exercidos por Israel ou pelo povo judeu.