Sunday, December 4, 2016

O Dia de "Solidariedade " ao Povo Palestino - 04/12/2016

No dia 29 de novembro de 1947, a ONU votou a histórica partilha entre árabes e judeus do que havia sobrado do Mandato Britânico da Palestina depois que 77% da área fora usada para criar a Jordânia. A sessão, presidida por nosso Oswaldo Aranha aprovou a resolução 181 por 33 votos a favor a 13 contra. Segundo a resolução, dos 23% que restaram da Palestina, 12% seriam dados aos judeus e o resto aos árabes. A maioria do território dada aos judeus ficava no deserto.  Os árabes não aceitaram e o resto é história.
Trinta anos depois, como para escancarar seu arrependimento por ter votado a criação do Estado de Israel, a ONU instituiu, no mesmo dia 29 de novembro, o Dia de Solidariedade ao Povo Palestino. Assim, a cada ano desde 1977, em vez da ONU lembrar sua histórica e única recriação de um país desaparecido há dois mil anos, comemorar a ressuscitação de uma cultura bíblica em sua terra natal, a ressurreição de uma língua considerada morta há séculos, a ONU grita “Mea Culpa” aos quatro ventos e conduz eventos “culturais” para surrar Israel.
Este ano, Ban Ki-Moon declarou que “o numero de demolições de casas palestinas dobrou. Gaza continua em emergência humanitária, sua infraestrutura desmoronando e economia paralisada”. Nada sobre os contínuos ataques terroristas, mísseis que continuam a chover de Gaza e a reconstrução bem noticiada pelo Hamas dos túneis para trazer a guerra para Israel. Nada sobre os 332 projetos de construção que Israel está gerenciando na Faixa e as toneladas de ajuda humanitária que Israel manda todos os dias para Gaza.
Mas este ano a ONU não parou aí. A Assembléia Geral votou e aprovou seis resoluções condenando Israel. Uma delas, usou somente os termos árabes para descrever o Monte do Templo em Jerusalem, novamente ignorando as raízes bíblicas judaicas e cristãs do local. 147 membros votaram a favor, inclusive novamente o Brasil, somente sete contra e oito se abstiveram. Outros países que haviam denunciado a resolução da UNESCO lembram-se (?), como a França, Itália, Alemanha e Inglaterra, também votaram a favor das resoluções. Os heróis que votaram contra foram os Estados Unidos, Canada, Israel, as Ilhas Marshall, a Micronesia, Nauru e Palu.
A resolução principal declarou que “qualquer ação tomada por Israel, para impor suas leis, jurisdição e administração na Cidade Santa de Jerusalem são ilegais e portanto nulas e sem efeito”. As outras resoluções incluíam perolas como mandar Israel transferir o controle dos Altos do Golan para a Síria (!!!) e terminar o que chamaram de “ocupação” do povo palestino.
Mas o que chamou a atenção mesmo, no entanto, foi o uso de um cachecol com a bandeira palestina pelo grande palhaço deste circo, o Presidente da Assembleia Geral Peter Thomson do super-importante país as Ilhas Fiji.  O embaixador de Israel na ONU Danny Danon criticou Thomson severamente e com razão. Como presidente da Assembleia Geral ele deveria se manter neutro e não se enrolar na bandeira palestina e vomitar ataques contra Israel.
Em resposta, durante o discurso de Thomson, Dannon segurou uma cópia do Jornal The New York Times de 30 de Novembro de 1947 que tinha em sua manchete: “Assembleia Vota Pela Partilha da Palestina. A Margem foi de 33 a 13; Árabes Se Retiram; Aranha Elogia o Trabalho ao Final da Sessão”.
Nestes quase 70 anos, o que fizeram os árabes e os que se auto intitulam “Palestinos” além de terrorismo, destruição e morte?
Ninguém na Assembleia Geral ou em qualquer outro fórum internacional jamais levantou a voz para dizer que depois de 70 anos e bilhões de dólares doados a eles, chegou a hora de se concentrarem em construir um estado em vez de incitação e terrorismo.
Os que gritam “Palestina Livre” deveriam saber que a liberdade não é algo dado. É uma responsabilidade e uma obrigação. A pergunta é: que tipo de liberdade os palestinos buscam? Que responsabilidades estão eles prontos a assumir e que preço estão dispostos a pagar pela liberdade?
Desde os acordos de Oslo, Israel saiu de cada cidade palestina deixando a administração delas à Yasser Arafat e a Mahmoud Abbas. E o que estes dois paladinos da democracia fizeram? Construíram um dos maiores sistemas de corrupção governamental, sem um sistema judiciário efetivo ou uma indústria. Não construíram uma só estação de tratamento de água e esgoto ou uma só estação elétrica. Seu sistema educacional é todo voltado a envenenar diariamente as mentes das crianças a partir do jardim de infância com propaganda antissemita do pior tipo.
Isto é liberdade? Quando ensinam seus filhos que judeus são macacos e porcos, eles não estão marchando em direção à libertação da Palestina. Estão acorrentando sua próxima geração ao racismo, preconceito, ignorância e pobreza de espírito.
Em vez de construírem algo, criarem algo, eles escolhem a cultura do assassinato e destruição como vimos com os incêndios  há duas semanas. Eles não pararam até que líderes palestinos vieram para a mídia reclamando que os incêndios também estavam afetando árabes israelenses e palestinos. Quer dizer, se estivessem afetando unicamente os judeus, então poderiam continuar ateando os fogos. Esta é a mentalidade.
Infelizmente sabemos que mentalidade é algo muito difícil de mudar. Mas esta semana tivemos um brilhante exemplo aqui nos EUA do que ainda é possível.
Apesar de ainda não ter sido inaugurado como presidente, Trump não hesitou parar tudo o que estava fazendo e decidiu salvar mil e cem empregos da fábrica Carrier de ar-condicionados que estava se mudando para o México.
Ele ligou diretamente ao presidente da empresa e negociou com o governo de Indiana (que é de seu vice) incentivos fiscais à fabrica se ela ficasse nos Estados Unidos e garantisse os empregos dos americanos. Depois de dois dias, a fábrica concordou e mil e cem empregos foram salvos.
Isto foi um direto tapa na cara de Obama que havia declarado semanas antes da eleição que não havia jeito de evitar que fábricas se mudassem para outros países mais pobres aonde é mais barato fabricar produtos para o consumidor americano.
Trump ainda declarou que receberá um salário simbólico de um dólar por ano como presidente.
São coisas como estas que estão mudando a opinião de muitos democratas e independentes a favor de Trump. Há um otimismo no ar. A bolsa está subindo loucamente mostrando uma confiança sem precedentes dos mercados no próximo governo. A América apostou num homem de negócios e não num político, alguém que não deve nada a ninguém e prometeu limpar o lodaçal em Washington.
Seria tão bom se os ventos que sopram aqui chegassem ao hemisfério sul... Mas isto fica para uma outra vez.

Dedico este comentário aos que pereceram no trágico vôo da Lamia. Recuso a definir o que ocorrer como acidente, pois acidente é algo imprevisível. Isto foi um caso de no mínimo altíssima negligência e desprezo para com a vida do próximo. Minhas preces estão com as famílias destes jovens atletas e dos não tão jovens jornalistas, treinador e assistentes que deveriam ainda estar conosco.

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