A semana passada eu não escrevi
porque fui convidada pela pastora Jane Silva, presidente da Comunidade
Internacional Brasil-Israel a participar de um grupo muito especial de
brasileiros que viajaram a Israel para conhecer a realidade política do país em
loco. A Comunidade organizou passeios e seminários com autoridades em
estratégia militar, política e mídia que simplesmente desmontaram a retórica
anti-Israel que nos bombardeia diariamente através da imprensa. Fizemos um tour
de Jerusalem com Chaim Silberstein que mostrou como a divisão da cidade é
inviável e perniciosa principalmente para os residentes árabes. Ouvimos Itamar
Marcus, um perito da mídia palestina, que nos mostrou como o ódio aos judeus é
instilado em crianças árabes da mais tenra idade e como as autoridades palestinas
promovem a incitação dos jovens à violência.
Apesar de estarem com a agenda
lotada com visitas oficiais, deputados federais brasileiros em visita a Israel dos Estados do Acre, Alagoas, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Rondonia conseguiram participar desta experiência. Em especial, gostaria de agradecer o Deputado
Federal pelo Rio Grande do Sul, Carlos Gomes e o deputado Rocha do Acre que demostraram grande interesse e envolvimento. Os
participantes receberam a comenda de Embaixadores da Paz entregue no Ministério
das Relações Exteriores com a presença do presidente da Bnei Brit Mundial Chaim
Katz, do Ministro das Comunicações de Israel Ayoub Kara e do Deputado Robert
Ilatov.
O grupo também trocou
bandeiras de cada Estado brasileiro com a bandeira de Israel em sinal de
solidariedade, denunciando a posição oficial do governo do Brasil nas últimas votações
da UNESCO que não refletem os sentimentos do povo brasileiro.
As grandes estrelas desta viajem,
que reportaram suas experiências em tempo real para o Brasil foram a renomada ativista Dra. Bia Kicis e a jornalista Joice Hasselmann. A energia e
alegria das duas transformaram um evento com exposição limitada em um marco nacional.
Mas como disse antes, nada disso poderia ter acontecido não fosse o sonho e o
empenho da pastora Jane Silva que é implacável em seu trabalho em defesa de
Israel. Parabéns a ela e a todos pelo sucesso!
Meu comentário esta semana
deveria ter sido sobre a força devastadora do furacão Harvey e as chuvas
recordes que basicamente destruíram a costa do Estado do Texas. O dano e as
perdas - inclusive de vidas - foi enorme, mas em meio à tragédia vimos a
solidariedade e o verdadeiro espírito do povo americano que se uniu como um só
homem para ajudar nos esforços de salvamento. Quando o governo anunciou que não
tinha barcos suficientes para procurar sobreviventes, centenas de residentes de
outros estados amarraram seus barcos nos carros e se dirigiram para a zona do
desastre para ajudar. Mas esta e outras estórias tocantes ficarão para outra
vez.
No meio desta noite foi
detectado um terremoto de 6.3 pontos na escala Richter na região norte da República
Popular Democrática da Coreia. De acordo com a Agência Geológica Americana que
detecta tremores no mundo, tudo indica que este tenha sido o resultado do sexto
teste nuclear deste regime criminoso.
E de fato, a agência de
noticias da Coreia do Norte anunciou hoje que testaram com sucesso uma bomba de
hidrogênio. Isto não é absolutamente nenhuma brincadeira. Este país tem um
louco, egomaníaco como líder que nem é democrático, nem uma republica e muito
menos popular. É um regime ditatorial bárbaro, impiedoso e irracional.
O teste e a magnitude da
explosão pegou todos os peritos de surpresa. Os mesmos peritos que há uma semana
diziam que levaria uns 2 ou 3 anos para Kim Jon Un desenvolver uma bomba
miniaturizada forte o suficiente para ameaçar os Estados Unidos.
Estavam errados. Ele já chegou
lá.
E agora? Será que temos tempo
para mais chances e danças diplomáticas ou teremos que aprender a viver num
mundo com este monstro armado de bombas atômicas e de hidrogênio e mísseis
intercontinentais para lança-las aonde quiser? O programa nuclear
norte-coreano, que é o mesmo que o iraniano, tem evoluído numa velocidade
alucinante. Em 2013 eles testaram uma bomba de 6 a 7 Kilotons, em Janeiro de
2016 de 7 a 10 Kilotons, apenas 9 meses depois testaram uma bomba estimada
entre 15 e 25 Kilotons e hoje, a bomba teria entre 100 e 120 Kilotons. Só para
efeito de comparação, a bomba que os americanos explodiram em Hiroshima e que
instantaneamente matou 90 mil pessoas tinha entre 13 e 18 Kilotons e a de
Nagasaki que matou 80 mil pessoas tinha até 22 Kilotons.
O mundo não pode viver com esta
ameaça. Não pode tampouco aceitar ser chantageado por um doente mental que tem
sonhos expansionistas de pelo menos reunificar a península coreana sob seu
comando. Este é seu objetivo.
Ele acha que agora está em
posição de força para exigir que os Estados Unidos retirem suas tropas e
armamentos da Coreia do Sul, algo que a China também quer. Os Estados Unidos
tem 38 mil soldados americanos estacionados na Coreia do Sul além de
submarinos, jatos e outros ativos militares. Uma vez isto alcançado, Kim Jon Un
facilmente poderá invadir a Coreia do Sul e reunificar a península.
Não há uma resposta fácil para
este problema. Seul, a capital da Coreia do Sul e seus 10 milhões de habitantes,
ficam próximos à fronteira e estão ao alcance da artilharia e armas
convencionais do Norte. Se Kim Jon Un se sentir ameaçado, irá certamente causar
muito dano e mortes ao sul antes de se voltar contra os Estados Unidos. Mas
outra vez, não estamos lidando com alguém racional.
Os peritos hoje dizem que o
que falta para a Coreia do Norte é passar de combustível líquido para solido
para seus mísseis, algo que eles disseram já ter. Se isto for verdade,
poderemos ter uma situação em que a cidade de Chicago poderá ser alvejada com
zero tempo de alerta, por uma bomba vastamente mais destrutiva que a bomba
nuclear. Isto é uma escalada séria da situação.
O que fazer? A última cartada
diplomática que os Estados Unidos têm disponível é ir atrás da China que
continua a lavar dinheiro para a Coreia do Norte através de seus bancos e
continua a dar assistência ao programa nuclear norte-coreano através de
empresas chinesas. O porta-mísseis, os computadores e outras partes das usinas
são chinesas. O jogo da China é simples.
Toda a vez que Pyongyang faz um passo, o mundo fala com Beijing para usar sua
influencia e parar o programa nuclear do Norte. Em troca, a China quer
reconhecimento de seu expansionismo no Mar do Sul da China que já chegou perto
das Filipinas.
Como podemos confiar na China?
Em junho último, os Estados Unidos foram atrás da empresa chinesa Mingzheng por
agir como laranja para o banco norte coreano, lavando milhões de dólares. Isto
era um aviso aos chineses que eles não ouviram. Se os Estados Unidos banirem o
Banco da China, por exemplo, de operar em dólares americanos, levará a China ao
caos econômico e possivelmente a uma mudança de regime. Então os Estados Unidos
têm pelo menos uma arma para ameaçar a China se não colocar a Coreia do Norte
na linha. O que tem faltado até agora é vontade política de faze-lo.
Desde Bill Clinton, que deu 4
bilhões de dólares ao regime norte-coreano em troca do desmantelamento do
programa nuclear que não aconteceu, temos visto uma apatia total das sucessivas
administrações americanas em aplicar sanções contra a Coreia do Norte. As
sanções contra o Sudão e o Zimbabwe chegam a ser mais robustas!
O grande perigo para o mundo não
é apenas a Coreia do Norte, mas o Irã estar de posse desta tecnologia e usar
das mesmas táticas de Kim Jon Un. Os aiatolás podem a qualquer momento
denunciar o mau acordo feito com Obama e partir para a ameaça de todo o Oriente
Médio.
Estamos caminhando para uma
situação sem volta. A ameaça à paz mundial está cada vez maior. E volto a
perguntar: porque o Brasil continua a manter relações diplomáticas com a Coreia
do Norte?? O que o Brasil tem a ganhar em continuar a se posicionar do lado dos
fora da lei internacional? Isto é uma vergonha. Coloco aqui o meu protesto e
espero que as autoridades brasileiras tomem as medidas necessárias para
retornar nosso país ao lado correto da história.
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