Sunday, February 25, 2018

A Histórica Mudança da Embaixada Americana para Jerusalem - 25/2/2018

Esta semana, pela primeira vez na história desde a Resolução da Partilha em 1947, Israel teve uma semana positiva no Conselho de Segurança da ONU. Uma semana que terminou coroada pela decisão do Presidente Trump de transferir a embaixada americana para Jerusalem já em maio deste ano, coincidindo com as comemorações dos 70 anos de independência do Estado judeu.

Na terça-feira passada, Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, veio à Nova Iorque para tentar colocar os Estados Unidos para escanteio e transferir o papel de mediador com os israelenses para os Europeus antissemitas. E mais uma vez ele falhou miseravelmente.

Em seu discurso no Conselho de Segurança, Abbas outra vez usou como abertura a absurda afirmação que os palestinos são descendentes dos canaanitas e portanto moram nesta terra há mais de 5 mil anos. E que até a Declaração Balfour de 1917, eles tinham contribuído para a humanidade e civilização do mundo (??!!) tendo estabelecido instituições governamentais, escolas, hospitais, teatros, organizações econômicas e culturais, editoras, jornais, bibliotecas, negócios e bancos com influência internacionais. Enfim, para quem não sabe história, eles foram a melhor coisa para o mundo desde a invenção da roda!

E aí com apenas três pequenos parágrafos escritos por um Lorde na Inglaterra ao líder da comunidade judaica na Europa, tudo isso veio abaixo e surpreendentemente, a contribuição palestina à humanidade foi apagada da consciência mundial. Abbas só não explicou o que aconteceu durante 30 anos, entre a carta do Lorde Balfour em 1917 e a Partilha da ONU em 1947. Mas para quê se ater a detalhes, não é?

Abbas logo passou a assuntos mais prementes como falar sobre a cultura de paz dos palestinos (!), culpar Israel e os assentamentos pela falta de negociações e acusar os Estados Unidos de tomar uma decisão ilegal de mover sua embaixada. Depois veio sua longa lista de exigências. Assim que acabou de falar, Abbas fugiu do plenário. A última coisa que ele queria, era ouvir as respostas de Israel e dos Estados Unidos aos seus delírios.

E as respostas vieram.

O embaixador de Israel Danny Danon disse que Abbas agiu como alguém que atropelou e fugiu; que o presidente palestino não mais era parte da solução e que o povo palestino precisava de um líder que sentasse com Israel e não fugisse do diálogo. Abbas escolhera voar 12 horas de Ramallah para Nova York em vez de viajar 15 minutos até Jerusalem para sentar e negociar. Danon disse para Abbas: “Você acabou de falar aos membros do Conselho de Segurança sobre seu comprometimento com a paz. Isto é o que você fala em fóruns internacionais. Mas quando fala ao seu povo em árabe, sua mensagem é bem diferente.” “Sr. Abbas, seu incitamento não fica na retórica. É política oficial do seu governo patrocinar o terrorismo. Em 2017 o Sr. gastou 345 milhões de dólares em salários para terroristas que mataram israelenses inocentes. 50% da ajuda internacional dada aos palestinos. Este dinheiro poderia ter sido usado para construir 40 hospitais, ou 170 escolas, a cada ano!”

Danon disse aos membros do conselho que “os judeus em Israel e no mundo se voltam em direção a Jerusalem três vezes por dia para rezar pela paz. E que ele esperava que um dia os palestinos também pudessem ser abençoados com uma liderança que tivesse tais aspirações”.

Nikki Haley, a embaixadora americana foi ainda mais mordaz. Primeiro ela mandou um recado para Saeb Erekat, o negociador-chefe palestino dizendo que não acataria sua sugestão “de calar a boca” e ao invés ela respeitosamente iria falar algumas duras verdades aos palestinos.

Ela afirmou que os Estados Unidos estão prontos para trabalhar com a liderança palestina. Que os negociadores estavam sentados lá atrás dela, prontos para conversar. Mas que eles não iriam correr atrás de Abbas. Que a escolha era dele. Haley ainda disse que os palestinos podiam escolher entre dois caminhos: o das “exigências absolutas, retórica cheia de ódio e o incitamento à violência” e o outro o “caminho do comprometimento”. E este caminho estava aberto somente se a liderança palestina tivesse coragem suficiente para tomá-lo”.

Halley disse a Abbas que ele poderia escolher “denunciar os Estados Unidos, rejeitar seu papel em negociações de paz e tentar tomar medidas punitivas contra Israel em fóruns internacionais como a ONU. Mas ela assegurou que esta escolha iria levar o povo palestino a exatamente a lugar nenhum em termos de suas aspirações. Neste ponto ela lhes deu uma alternativa. Se os palestinos colocarem de lado seu rancor sobre a transferência da embaixada e sentarem para negociar, isto abriria as portas para uma assistência e melhora nas condições de vida do povo palestino”.

Ela ainda disse que os Estados Unidos sabiam que a liderança palestina estava muito infeliz com a decisão de transferir a embaixada para Jerusalem. “Vocês não precisam gostar da decisão. Não precisam elogia-la. Não precisam nem mesmo aceita-la. Mas saibam que esta decisão não irá mudar.”

Os comentários de Haley deixaram a entender que as declarações feitas em Ramallah em árabe, estão sendo ouvidas em Washington e elas têm consequências. E a decisão de transferir a embaixada muito antes do planejado, foi claramente uma destas consequências.

Os Estados Unidos estavam prontos a fazer a mudança devagar, em longas fases, para dar a oportunidade a Abbas voltar à mesa de negociações. Mas a falta de vontade dos palestinos levou o vice-presidente Mike Pence a declarar, em sua visita à Knesset em janeiro, que a embaixada seria transferida antes do final de 2018. Parece que depois do discurso de Abbas na última terça, seguido dos insultos a Trump e a Haley em árabe, não tinha mais por que procrastinar. O tapa na cara foi devolvido à altura.

Realmente, os palestinos exageraram em suas condenações, xingamentos e ameaças desde o anuncio de Trump em dezembro. Eles ainda acreditam que são a vedete do mundo e que todos estão aí para se dobrarem às suas exigências, por mais absurdas que sejam. Ainda não caiu a ficha que perderam a maior oportunidade de suas vidas com o presidente Obama e não se conformam que sua tática de empurrar com a barriga para conseguir mais e mais concessões não funciona mais.

O único legado deixado pelos palestinos para a civilização internacional foi o terrorismo industrializado e hoje há outros assuntos mais prementes a resolver do que as crises de histeria do Sr. Abbas e Sr. Erekat.

Os Estados Unidos têm um consulado enorme no bairro de Arnona em Jerusalem, numa área imensa e muito seguro. Quem conhece o edifício, fica maravilhado com a arquitetura e bom gosto da construção. E é para lá que vai a embaixada em maio deste ano.

A decisão de Trump não tem a ver somente com uma resposta a Abbas. Milhões de evangélicos americanos estão ansiosos para ver Trump cumprir sua promessa de campanha. O Pastor John Hagee disse à Fox News que 60 milhões de evangélicos estão seguindo de perto as declarações do presidente sobre este assunto.


Se Trump não transferir a embaixada, será lembrado apenas como mais um presidente que fez uma promessa e não cumpriu, gerando um grande desapontamento na base evangélica que votou em massa por ele. Mas se ele transferir a embaixada, como se espera, ele se tornará imortal. Trump será lembrado em livros de história, por milhares de anos, por seu ato corajoso de reconhecer a verdade histórica e tratar Israel como outras nações da terra, com respeito e justiça.

Sunday, February 18, 2018

A Violência nas Escolas Americanas e a Nova Geração de Jihadistas Palestinos - 18/02/2018

O primeiro ministro da Polônia escandalizou mais uma vez com suas declarações que não houve campos de concentração poloneses, mas campos nazistas e que ele não iria falar sobre poloneses que denunciaram ou mataram judeus porque eram apenas criminosos e ele também, pasmem, não irá falar sobre os criminosos judeus durante a guerra! (quando você acha que ouviu de tudo na vida, aí vem uma destas). Mais uma tentativa de reescrever a história da maneira mais baixa e ofensiva possível. Então, o que vou dizer agora é hoje crime na Polônia: os campos de concentração e extermínio poloneses, construídos por mãos polonesas e tolerados pelo povo polonês, foram os responsáveis pelo maior genocídio da história da humanidade. Pronto, falei!

Em Israel, no final de semana passada tivemos ataques no norte e neste final de semana foi a vez do Hamas no sul. Hoje foi noticiado que uma gangue terrorista foi apreendida perto de Jerusalem planejando assassinar o ministro da defesa Avigdor Lieberman. Quando perguntados porque queriam mata-lo, responderam que era para receber o salario da Autoridade Palestina. A mesma resposta foi dada pelo terrorista que chacinou a família Salomon em Julho do ano passado que foi sentenciado nesta semana.

Há alguns meses perguntei aqui como seria morar num país aonde a lei premiasse com salário de ministro qualquer um que matasse um inocente. E é assim que ocorre na Autoridade Palestina.

Vou contar a vocês uma pequena história que ouvi da boca da própria vítima neste final de semana.

Shai Maimon, estava terminando seu serviço militar em 2003 quando sua unidade foi instruída a apreender uma célula terrorista responsável pela morte de uma dúzia de pessoas na Samaria. Ele e seus colegas procuraram esta célula, liderada por um tal de Ahmad Najar durante mais de um mês, colocando suas vidas em perigo cada vez que entravam num vilarejo árabe para tentar apreende-lo. Finalmente, no dia 20 de dezembro, conseguiram prende-lo junto com seus comparsas. Os soldados receberam muitos elogios do exército e ele foi condenado a sete prisões perpétuas.

Em junho de 2015, Shai saiu com amigos para assistir a um jogo de basquete e ao lado de Shvut Rachel no norte de Jerusalem quando na volta, seu carro foi crivado de balas. Shai foi baleado nas duas pernas, outros dois feridos seriamente e seu amigo Malachi Rosenfeld foi morto. A primeira pessoa a chegar ao local para prestar socorro foi Roí Druk. Roí, quando era pequeno, morou naquela região e perdeu sua mãe Rachela, assassinada por terroristas. O nome da comunidade ao lado, Shvut Rachel foi dado justamente em homenagem a ela. Roí conseguiu chamar ambulâncias e prestar primeiros socorros salvando a vida de Shai que sangrava profusamente.

Em julho de 2015 os responsáveis pelo ataque foram apreendidos. Em janeiro de 2016 o promotor do caso pediu para Shai estar presente durante o pronunciamento da sentença dos terroristas. Qual não foi sua surpresa quando ele leu nos detalhes do caso, que o líder daquela célula e planejador do ataque e de muitos outros, era não outro que Ahmad Najjar, o mesmo que ele havia apreendido em 2003! Chocado, ele perguntou como isto era possível? Ele não estava preso? Pois é. Este assassino foi libertado na troca de prisioneiros por Gilad Shalit em 2011.

Quando perguntados como pagaram pelas armas que usaram, eles disseram simplesmente que foi com o dinheiro do salário que o chefe deles recebeu durante 8 anos da Autoridade Palestina.

Enquanto isso tivemos mais um insano tiroteio numa escola americana, desta vez na Florida, aonde pereceram 17 alunos e professores, entre eles seis judeus.  Este é o 12º caso de assassinato em massa em escolas desde 1999 quando houve o massacre de Columbine. Não é coincidência que estes tiroteios começaram a se repetir com o crescimento da internet e dos jogos violentos de computador que tem dessensibilizado nossas crianças. Não há duvida que a cultura de violência e a falta de coragem de pais e professores de tomarem as rédeas do comportamento de seus filhos é grandemente responsável por estas tragédias. 

E aí voltamos aos palestinos.

Nesta semana, o Parlamento Europeu decidiu dar o dinheiro para a continuidade da UNRWA, a agência da ONU exclusiva dos refugiados palestinos compensando o que os Estados Unidos decidiram reter.

O sentimento de triunfo dos chefes da organização foi escancarado na mídia. O comissário-geral Pierre Krähenbühl fez seu tour para angariar fundos com o slogan “Qualidade de Educação é a chave para um futuro melhor”. Ele só não disse que o que ele está promovendo é o ódio, extremismo, violência e conflito nas escolas da UNRWA. Meio milhão de crianças palestinas estão hoje estudando pelo currículo preparado pela Autoridade Palestina em 2017 aonde a radicalização é ainda mais patente do que nos livros escolares anteriores. Eles simplesmente preparam as crianças para se sacrificarem como mártires. Os textos escolares promovem ódio, encorajam seu comprometimento com o jihad e defendem a visão islamista salafista do mundo. Há textos literais elogiando os que tomam armas e os que escolhem o caminho da não-violência são chamados de covardes. Até a lei da gravidade de Newton é ensinada através da imagem de um menino com um estilingue alvejando soldados israelenses.

A UNRWA não quer ouvir sobre os livros escolares. Para eles isto é secundário. Mas seus patrocinadores deveriam prestar atenção. O ocidente foi responsável por 90% do orçamento da organização enquanto que os países árabes deram somente 7%. Também o fato da ONU exigir que suas organizações promovam paz e tolerância, respeito ao “outro” parece não se aplicar à UNRWA. O novo currículo da Autoridade Palestina falha miseravelmente em todos os aspectos. Ele não respeita a tolerância e muito menos há qualquer tentativa de entender o "outro", o israelense. Em vez disso, há a demonização, a redução do judeu a um subhumano ou animal, exatamente seguindo a cartilha nazista. Os alunos são ensinados pela escolha simplista entre o bem e o mal, sem áreas cinzentas ou complexas. Não há empatia ou tentativa de uma compreensão real da história. Não há a promoção de um futuro em carreiras produtivas. E sobre a igualdade dos sexos, as mulheres são só tem o mesmo valor quando são mártires na morte.

Este meio milhão de crianças palestinas estão hoje crescendo na convicção transmitida pelas escolas, mídia e sua liderança que a única solução válida é a vitória total sobre os judeus e Israel, via a resistência armada, o jihad e o martírio.

Se estamos vivendo um problema de violência no ocidente por causa de instrumentos que vemos necessários ou inócuos como a internet e jogos de computador, imaginem o que Israel e todo o ocidente terá que enfrentar com toda uma geração de jovens criados na violência, na completa desconsideração da vida alheia e sem qualquer objetivo produtivo na vida? Meio milhão de crianças e jovens estão sendo programadas para matar para só então serem recompensadas com um salario  de seu governo.


Temos que denunciar esta hipocrisia da UNRWA e da ONU que está acobertando as atividades desta organização nefasta e começar a pensar na possibilidade de sanções contra a Autoridade Palestina por crimes contra suas próprias crianças. Chega a ser escandaloso que ninguém denuncie isto ou mesmo discuta o problema. 

Chegou a hora parar de darmos dinheiro a estes criminosos que almejam deixar como legado só rastros de sangue.




Sunday, February 11, 2018

A Declarada Guerra do Irã a Israel - 2/11/2018

As 04h25min da manhã de sábado, as forças iranianas na Síria lançaram um drone para dentro do território israelense via a Jordânia.

Israel, que vinha monitorando o drone deste sua partida, enviou jatos de sua força aérea para abatê-lo assim que atravessasse seu espaço aéreo, o que ocorreu perto de Beit Shean. Em resposta ao drone, Israel atacou 12 alvos na Síria inclusive três baterias antiaéreas e quatro alvos iranianos.

De acordo com a mídia síria, Israel atingiu a base aérea de Abu Al-Thaaleb usada pelos militares iranianos como parte do seu plano de expansão para criar um corredor xiita de Teerã até o Mediterrâneo.

Alarmes soaram durante a manhã em todo o norte de Israel porque os sírios começaram a enviar mísseis para abater os jatos israelenses decidindo interferir na batalha de Israel contra a presença e atividades iranianas no país.

Um destes mísseis atingiu um jato israelense, mas os pilotos conseguiram ejetar em tempo.

Tensões na fronteira norte de Israel têm escalado nos últimos meses com o entrincheiramento cada vez maior do Irã na Síria e Líbano, e em especial na fronteira com Israel. O contrabando de armas sofisticadas e a instalação de uma fábrica de mísseis de precisão no Líbano pela Hezbollah são exemplos do que preocupa Jerusalem.

O Irã, como sempre, disse que Israel mente e que o drone não é iraniano, mas o exército já soltou as fotos dos restos do drone provando a sua origem. Pior ainda, foi o fato de o drone ser quase cópia de um drone americano capturado pelo Irã em 2011 no Iraque.

Na Síria, apesar de reportagens sobre danos extensivos por Israel houve muita comemoração com distribuição de doces nas ruas, Bashar Assad hoje é visto como herói. Mas ele sabe o que sofreu. Da janela de seu palácio presidencial ele pode ver o estrago ao aeroporto militar de Mezze que Israel destruiu em Janeiro.

Tudo leva a crer que o Irã decidiu tomar uma ação aberta contra Israel, talvez para testar sua determinação em responder ou talvez como uma armadilha para justamente tentar abater um caça israelense e clamar vitória.
Mas a verdade é que a situação é bem mais complicada.

Hoje a Síria é um microcosmo da luta entre as potencias que pegaram a sua guerra civil como tabuleiro para um quebra-braço.

A Rússia quer proteger sua relação com Assad e suas bases na Síria. O Ministro da Defesa russo Sergey Shoigu anunciou em dezembro a renovação do aluguel das duas bases permanentes no país em Tartus e Hmeimim por mais 49 anos. A Rússia pretende expandir estas bases para manter 11 navios de guerra inclusive navios nucleares no Mediterrâneo, frontalmente ameaçando a Europa e os países da OTAN.

Se por um lado a Rússia não tem interesse em que a Síria entre em uma guerra aberta com Israel, economicamente ela está na dependência do Irã, especialmente depois do acordo nuclear assinado por Obama, que liberou bilhões de dólares para os aiatolás gastarem com armas e sistemas de defesa russos.

Bashar al-Assad por seu lado, ao convidar a Rússia e o Irã a se instalarem no país, está tentando assegurar sua permanência no poder e assistência para combater os rebeldes sunitas.

Os Estados Unidos, estão presentes na Síria, sob protesto do governo, para supostamente combater o Estado Islâmico e Al-Qaeda. Mas seu proposito real hoje é o de conter a influência iraniana e ajudar a acabar com a guerra civil. O secretário de Estado americano, Rex Tillerson disse que não vai repetir os erros de Obama que em 2011 retirou todas as tropas do Iraque.

E aí temos o Irã. Amanhã, dia 12 de fevereiro, será o aniversário de 10 anos da morte de Imad Mughniah o legendário comandante da Hezbollah que até hoje o Irã não conseguiu substituir ou vingar. Ele teria sido morto por uma bomba supostamente plantada por Israel no seu carro.  Mughnieh foi o planejador do ataque contra os marinheiros americanos em Beirute em 1983, contra a embaixada israelense em 1992 e o Centro Comunitário Judaico em 1994 ambos em Buenos Aires.

Até hoje a guerra entre Israel e o Irã tem sido travada por atrás da cena. Mas ontem, vimos uma confrontação direta entre os dois. A infiltração e interceptação do drone iraniano dentro do território israelense e o abatimento do jato de Israel de um lado e a retaliação contra alvos sírios e iranianos que se seguiu de outro, são só a abertura do que pode se tornar um conflito maior se o Irã continuar tentando fortalecer sua presença na Síria.

Não sabemos ainda quais lições o Irã levou desta experiência. Ele pode contar com um drone e um jato abatidos, mas por outro lado causou o maior bombardeamento da Síria desde que Israel destruiu sua força aérea em 1982.

A retaliação de Israel foi importante por duas razões: a primeira é que era preciso neutralizar as baterias antiaéreas sírias e a segunda, punir o Irã ao destruir o centro de controle de onde operavam os drones e outras bases iranianas na Síria.

No final das contas, Israel ainda está na frente. Em cinco anos de guerra civil, Israel completou mais de 100 operações militares na Síria e o Irã sabe disto. E estas operações somente aconteceram por causa da indiferença da Rússia. Mas tudo isso pode mudar dependendo dos interesses de Vladimir Putin que segue vendo esta região do Oriente Médio como parte de seu feudo.

Até agora temos provado o que é ter a Rússia como vizinha de Israel. O gosto será bem mais amargo se no futuro tivermos o Irã como senhor da Síria.







Sunday, February 4, 2018

O Discurso de Trump à Nação e o Anti-Americanismo Palestino- 2/4/2018

Esta foi uma semana bastante conturbada nos Estados Unidos. A antecipação começou com o primeiro discurso do presidente Trump sobre o estado da Nação. Este discurso para o Congresso e para o povo americano é feito uma vez por ano para destacar as realizações do executivo durante o ano anterior e delinear os problemas e desafios que terão que ser abordados no próximo ano.

Normalmente, tudo o que é boa notícia para o povo americano, como por exemplo, um anúncio sobre o desemprego ter atingido o menor nível em 45 anos, é aplaudido de pé tanto por republicanos como democratas, pois é uma vitória para o país. Desta vez o que ocorreu foi uma vergonha. Os democratas, em seu ódio puro e simples a este presidente decidiram cruzar as mãos e fechar a cara.

Nem quando Trump anunciou que o mercado americano havia ganhado 8 trilhões em valor, ou a redução de impostos para a classe média, ou o retorno de várias indústrias para a América, houve qualquer aplauso por eles.   Quando Trump anunciou que o desemprego entre africanos-americanos havia caído para o menor nível da história dos Estados Unidos, a bancada negra do Congresso se manteve sentada e calada. O mesmo ocorreu com a bancada hispânica, quando foi anunciado o menor desemprego entre os latinos.

Para os democratas, que deram uma violenta guinada para a esquerda, nada, absolutamente nada que Trump possa fazer pode merecer seu suporte. E isso também se aplica à imprensa.

Lembram do movimento Black Lives Matter? Aquele que pretende que a vida dos africanos-americanos importa só quando são mortos por brancos? Pois é. Donald Trump trouxe dois casais de africanos-americanos que enterraram suas filhas um dia antes do aniversário de 16 anos de uma delas. Elas foram mortas por membros da gangue MS-13 formada principalmente por imigrantes ilegais da America Central que hoje assola todos os Estados. Trump disse a eles que naquela noite, 320 milhões de corações americanos estavam chorando a perda das meninas. Todos os republicanos e publico presente se levantaram para honrar estes pais.  Não os democratas.

E a mídia? Tivemos por exemplo Joy Reid do MSNBC que disse que Trump estava inventando ameaças de uma gangue que ninguém ouvira falar só para justificar sua reforma da imigração. Uma verdadeira vergonha.

Se Trump dissesse hoje que é a favor do oxigênio, a esquerda daria um jeito de parar de respirar. E talvez esta não seja uma má ideia...

Mas toda a cobertura sobre o discurso de Trump foi ofuscado por sua decisão de liberar a publicação de um memorando preparado pelo Comitê em Inteligência da Câmara dos Deputados sobre escutas autorizadas pela corte especial sobre inteligência estrangeira, para espionar pessoas envolvidas na campanha presidencial de Trump. Os democratas alarmaram todo o mundo dizendo que o memorando poria em risco métodos e agentes do FBI, depois disseram que ele não continha informações verdadeiras e por último, que não era de interesse público. E chocantemente, vimos a imprensa de esquerda em peso se posicionar contra a publicação do memorando. É a primeira vez que vejo jornalistas dizerem que precisamos de menos informação!

Para os ouvintes entenderem, o que o memorando revelou foi o seguinte: a campanha de Hillary Clinton pagou um ex-espião inglês para produzir um dossier com informações falsas sobre um suposto conluio entre Trump e Vladimir Putin para manipular as eleições americanas. Aí este dossier foi usado pelo FBI e pelo Departamento de Justiça como base para pedir autorização para instalar as escutas para a Corte Especial. Em outras palavras, Hillary Clinton, com a bênção de Barack Obama, usou o FBI para espionar membros da campanha de Trump! Isto é um verdadeiro escândalo, mil vezes pior que Watergate que levou à resignação de Nixon. Não é que os democratas colocaram escutas ilegais na sede do partido republicano como em Watergate, mas usaram o FBI e o Departamento de Justiça para faze-lo, sob falsos pretextos.

Imaginem se fossem os republicanos a fazerem isto contra Hillary ou Obama? O mundo teria caído aqui. Mas pessoal, é assim que a esquerda e seus simpatizantes operam. Para eles, os conservadores e aqueles que discordam de suas posições políticas são ignorantes que não merecem gerenciar suas vidas sozinhos. Eles sabem mais, sabem melhor que todo o mundo o que é bom para você.

Estamos vendo o resultado desta política na Venezuela, por exemplo. Ontem a BBC da Inglaterra noticiou que 35 mil venezuelanos atravessam a fronteira para a Colombia por dia fugindo da fome e falta de remédios no paraíso socialista de Chavez e Maduro!

Mas Maduro não quer de jeito nenhum largar o osso! Quando a oposição ganhou a maioria no Congresso em 2015, ele mudou as regras, abertamente manipulando o sistema eleitoral chegando até a cometer fraude como confirmado pela própria empresa Smartmatic que forneceu as urnas eletrônicas. O objetivo é fazer com que eleições não sejam mais relevantes porque se eles perderem o poder, serão julgados responsáveis pela tremenda corrupção no país, abusos de direitos humanos e até trafico de drogas.

A imprensa americana, sendo de esquerda, mal reporta sobre o que está se passando na Venezuela. Mas entre um ataque suicida no Paquistão que matou 11 hoje pela manhã e um avião russo abatido pelos insurgentes na Síria, toda a mídia teve tempo para reportar que um adolescente palestino que estava jogando bombas incendiárias em soldados israelenses tinha sido ferido e morrido.  Não reportaram tampouco que uma delegação americana do Consulado em Jerusalem foi atacada na entrada de Belém por manifestantes palestinos que jogaram ovos e tomates em seus carros gritando slogans anti-americanos. Depois de entrarem na sala aonde tinham seu encontro, os manifestantes invadiram gritando para eles saírem.

Esta manifestação foi uma progressão natural das coisas. No sábado anterior, a Fatah promoveu um julgamento popular de Trump e seu vice Mike Pence acusando-os de “racismo” e “partidarismo” contra os palestinos. O tribunal os julgou culpados e os dois foram sentenciados, vejam bem, à morte por enforcamento e seus “corpos” deveriam ser depois queimados. Eles fizeram tudo isso com efígies mas a implicação deste tribunal foi clara: americanos merecem ser mortos tanto quanto os israelenses.

Infelizmente a administração de Trump ainda pensa que o processo de paz com os palestinos significa “negociar”. Mas o processo nunca foi sobre negociação ou os palestinos teriam sido responsabilizados por suas violações como por exemplo, nunca terem emendado a constituição da OLP que ainda reza a aniquilação de Israel e nunca terem reconhecido o direito de Israel de existir.

Os palestinos sempre usaram o processo de paz como um veículo para a rendição incondicional de Israel. E o papel dos Estados Unidos a seu ver, é forçar Israel a fazer as concessões que levarão à esta rendição incondicional. E até agora, as sucessivas administrações americanas jogaram pelas regras palestinas. Com Trump, não mais.

Quando Trump reconheceu Jerusalem como capital de Israel, ele tirou algo dos palestinos. Isto nunca havia acontecido. E a reforma que Trump está exigindo da UNRWA irá reduzir o numero de refugiados palestinos a talvez 15 mil que fugiram durante a guerra da independência entre 1947 e 1948. Se isto acontecer, Trump estará retirando outra carta das mãos de Abbas que procura destruir Israel através da imigração em massa de milhões de árabes nascidos no exterior para Israel própria.

Na entrada de Jericó os palestinos colocaram uma faixa avisando que Americanos e cachorros não são benvindos. Donos de lojas em Ramallah exigem que turistas Americanos e britânicos peçam desculpas pelas políticas de seus países antes de poderem entrar nos seus estabelecimentos. É muita arrogância para um povo que se diz oprimido e ocupado.

Chegou a hora desta administração Americana entender que o processo de paz com os palestinos está morto. E a não ser que Trump queira se rebaixar e voltar às políticas fracassadas de seus antecessores, este processo não será ressuscitado. Trump já avisou que as centenas de milhões de dólares que os Estados Unidos dão aos palestinos todos os anos, estão na mesa esperando eles voltarem às negociações. Coisa a que eles se negam.

Trump não deve voltar atrás. Em um ano ele conseguiu mais que todos os outros presidentes: trazer verdade, sanidade e principalmente uma dose de realidade aos palestinos. Nunca se chegou a qualquer resultado benéfico na história, fundado em mentiras. Se Trump ignorar as agressões dos palestinos ou fechar os olhos para suas mentiras, verá que ele os estará encorajando a ir bem além de tomates, ovos, faixas e efígies.