Num mundo
onde promessas são feitas sem a intenção de serem cumpridas, ve-las
implementadas uma após a outra, é uma lufada de ar fresco. Quando são cumpridas
por um político então, é motivo de comemoração.
Durante sua
campanha para a presidencia, o presidente dos EUA, Donald Trump, fez muitas promessas.
Aos judeus ele disse que acabaria com a deslegitimação internacional de Israel,
abandonaria o catastrófico acordo com o Irã e igualzinho a todos os
ex-presidentes desde 1995 - quando o Congresso americano votou para transferir
a embaixada - cumpriria a promessa de instalar a representação americana em
Jerusalém.
Ele manteve
a primeira promessa ao enviar Nikki Haley às Nações Unidas para lutar contra esta
instituição que desde o começo foi usada para atacar desproporcialmente Israel,
ignorando os abusos óbvios de outros países da região e do mundo. Ainda, com Trump,
todos os ramos da administração americana pararam de acusar Israel de ocupar
sua própria terra.
A segunda
promessa foi mantida na terça-feira passada, quando Trump oficial e dramaticamente
anunciou a saida dos Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã. Em seu
discurso à nação, Trump citou a evidência fornecida pelas agências de
inteligência israelenses, escancarada para o mundo pelo primeiro-ministro
Benjamin Netanyahu na semana anterior. A mensagem de Trump ao Irã foi clara: os Estados Unidos não fazem mais promessas
vazias e linhas vermelhas não são mais transponíveis sem consequencias. E os
iranianos entendem esta linguagem.
Durante o
governo de Obama, houveram dezenas de encontros hostis entre o Irã e navios
americanos no Golfo pérsico. Em Janeiro de 2016, o Irã chegou inclusive a
prender soldados da marinha e publicar as imagens deles amarrados e humilhados.
A resposta de John Kerry foi de agradecer os aiatolás pelo “bom tratamento”
dispensados aos americanos. Não é interessante que desde a posse de Trump não tivemos
mais este tipo de incidente?
A terceira
promessa de Trump será cumprida amanhã, quando a embaixada americana se mudará
de Tel Aviv para a capital de Israel, Jerusalém. Ao fazê-lo, Trump estará entrando
para a história se distinguindo dos outros presidentes que fizeram exatamente a
mesma promessa aos judeus americanos para conseguirem seu voto, e não
conseguiram, ou melhor, não quiseram mantê-la. E encorajados por Trump, outros
10 países também estarão mudando sua embaixada para a capital. Entre eles,
nosso vizinho, Paraguai.
Os palestinos
não estão nada felizes. As últimas semanas não foram boas para eles. Primeiro
Mahmoud Abbas foi duramente repreendido até por seus aliados por culpar os
judeus pelo holocausto. Depois a chamada “marcha do retorno” de Gaza não está
dando qualquer resultado. Até a imprensa não tem aparecido para cobrir as
deploráveis demonstrações semanais com coqueteis molotov, pedras e agora pipas
com rabos em fogo para queimar as plantações de Israel.
Ainda, há
duas semanas, Israel sediou a primeira etapa do Giro d’Italia, com ciclistas do
mundo inteiro incluindo, vejam só, uma
delegação de Bahrain e outra dos Emirados Arabes que vieram pedalar em
Jerusalem e no resto do país. Isto gerou um protesto duro do Comitê olimpico
palestino que viu como traição a participação de seus irmãos árabes.
Trump saiu
do acordo com o Irã aplaudido não só por Israel mas pelos sauditas e outros
países árabes. E após os aiatolás enviarem 25 mísseis no norte do país, Israel
simplesmente destruiu a maioria se não a totalidade das bases iranianas na
Síria. Netanyahu foi para Moscou e Putin lhe assegurou que pode se defender dos
iranianos como bem entender. Isto, junto com a mudança da embaixada para
Jerusalem com grande fanfarra um dia antes dos palestinos comemorarem a “catastrofe”
da criação de Israel os coloca na coluna dos perdedores e sua causa no grupo
daquelas que o mundo cansou de ouvir. E isso sem falar da vitoria ontem à noite
de Netta Barzilai no Eurovision que trará o evento e dezenas de países europeus
para Jerusalem no ano que vem!
Chegou a
hora dos palestinos fazerem o que chamamos em hebraico de Cheshbon Nefesh, uma
contabilidade da alma e deixarem para trás a fantasia dos anos 60 de destruirem
Israel e jogarem os judeus ao mar. Eles têm que engolir sua dose de realidade
se quiserem alcançar qualquer coisa a nivel nacional.
Os
palestinos continuam a reclamar Jerusalem como sua capital sem qualquer base
histórica ou moral que suporte o argumento. E contrariamente ao que acreditavam
as administrações americanas anteriores, não é produtivo conduzir negociações
com base em apaziguamento e mentiras.
Trump reimpôs
o respeito à America. Por anos os Estados Unidos se curvaram para estes tiranos
do mundo, na esperança fútil que sua mostra de respeito mudasse o comportamento
destes ditadores. Mas o que aconteceu durante estes anos, é que o bem se rendeu
ao mal. Se rendeu de modo diabólico ao mal. Trump deu um basta. Foi com suas
ameaças e indubitável força que Kim Jon Um, o lider da Coreia do Norte,
concordou em negociar e desmantelar seu programa nuclear. De repente o Kim pegou
uma onda de boa vontade. Numa grande vitória para Trump, três coreanos
americanos foram soltos esta semana de prisões da Coreia do Norte sem qualquer
pré-condição e mostrando mais deferência ainda, Kim anunciou que fechará o
local dos testes atômicos até o final deste mês, antes mesmo do seu encontro
com o presidente americano.
Foi a
postura de Trump que prontificou os iranianos a não voltarem a enriquecer
urânio, mesmo com os Estados Unidos fora do acordo nuclear e o retorno das
sanções. Como Trump disse, violencia só
acontece quando o lado forte se mostra fraco. E esta verdade é confirmada pela
história. Winston Churchill já havia avisado que não se pode alimentar o
tubarão na esperança de ser comido por último.
Jerusalem
tem sido a capital do povo judeu por 3000 anos e do moderno estado de Israel
desde 1948, não 1967 como muitos pensam. Há 51 anos, hoje, a cidade foi
unificada. Com exceção de alguns orgãos do governo, todos os ministérios e o
centro político do país sempre esteve na Cidade Santa. Como disse o senador
Lindsey Graham da Carolina do Sul, quem não está contente com este fato, que
reclame com D-us!
Esta semana
foi singular para Israel e para os judeus da diáspora. Tivemos um momento único
de graça e bondade; um momento extraordinário de claridade moral. E quando a
claridade moral, a verdade e o amor pela vida e pela paz aparecem brilhando no
mundo, ele se torna um lugar melhor.
E sabem
porque? Porque a luz coloca os ratos para correr. Sim, ouvimos os ratos. Que sair
do acordo nuclear com o Irã tinha sido a pior decisão, que agora Israel estava
mesmo em perigo, que os iranianos iriam recomeçar a corrida para a bomba e
acelerar sua ofensiva para eliminar Israel. O oposto foi verdade. No dia
seguinte dos ataques de Israel os aiatolás anunciaram que não querem guerra,
querem a paz, coexistencia, etc. É duvidável que eles se aventurem novamente
contra o Estado Judeu tão cedo.
No momento em
que os mulás se deram conta que tanto nos Estados Unidos como em Israel há lideranças
fortes, eles se dobraram. Eles nos odeiam, são loucos, mas não são burros.
Sempre quando o bem se levanta contra o mal, o mundo fica melhor. E esta semana
o bem se levantou contra o mal.
Talvez não
seja coincidência que a nova embaixada fique perto da rota que Abraão tomou
para o Monte Moriah quando estava a caminho de sacrificar seu filho Isaque. Abraão
demonstrou o tipo de compromisso e fé que o presidente Trump vem demonstrando
desde que assumiu o cargo.
Recompensando
Abraão por esse compromisso, Deus o abençoou para que sua semente fosse
multiplicada como as estrelas do céu e a areia do mar e seus descendentes
herdassem as cidades de seus inimigos.
O presidente
Trump também merece ser abençoado por seu compromisso. Independentemente dos
sentimentos que os judeus americanos mais liberais tenham sobre o presidente, eles
devem mostrar o apreço que ele merece por se manter ao lado de Israel e do povo
judeu de forma tão decisiva.
Essa
apreciação é chamada em hebraico hakarat hatov, e significa “reconhecer o bem”.
Todos nós devemos reconhecer o bem que recebemos como resultado do cumprimento
das promessas feitas pelo Presidente Trump e assim, quem sabe merecermos também
uma paz verdadeira e duradoura em nossos dias.
Chag Yom Yerushalayim Sameach, a capital
eterna e indivisível do povo judeu!